FIA decide punir pilotos que causam bandeira vermelha nas classificações de F2 e F3

Seguindo as mudanças da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) sobre o regulamento para 2024, a entidade revisou e decidiu alterar as regras quanto as bandeiras vermelhas na Fórmula 2 e Fórmula 3. Os pilotos que causarem, sozinhos, paralisações por bandeiras vermelhas, não poderão voltar à sessão e seus tempos de volta mais rápidos serão deletados.

“Qualquer piloto que, na opinião dos comissários, seja a única causa da emissão de uma bandeira vermelha durante a sessão de treinos de classificação, não será autorizado a participar de qualquer outra parte da sessão e seu tempo de volta durante a sessão poderá ser apagados”, escreve a FIA em comunicado. As equipes também não poderão reivindicar a decisão dos comissários durante a classificação.

Essa nova regra, no entanto, não se aplica à Fórmula 1. Em 2021, o então diretor de corridas Michael Masi estava considerando adotá-la na categoria principal e tinha principalmente a Indy como exemplo: na categoria americana, há uma regra que determina que o piloto causador de uma bandeira vermelha em sessões de classificação perde as duas melhores voltas. Isso também acontece no IMSA SportsCar.

À época, a discussão foi levantada quando Charles Leclerc bateu nos segundos finais da classificação do GP de Mônaco e ficou com a pole, já que tinha o tempo mais rápido até então.

“Conheço a regra da Indy, que também é uma regra em várias outras séries internacionais da FIA e campeonatos nacionais ao redor do mundo. Analisaremos isso e, juntamente com todas as principais partes interessadas, determinaremos se é adequado ou não”, disse Masi após a etapa no Principado de 2021.

Em 2022, aconteceu a mesma coisa no circuito de rua de Monte Carlo, dessa vez com Sergio Pérez. O mexicano bateu nos segundos finais da classificação e acabou largando em terceiro, à frente de seu companheiro de equipe, Max Verstappen, que vinha em volta rápida e tinha chances de anotar a posição de honra. No fim das contas, as duas Ferrari acabaram ocupando a primeira fila.

Voltando para as categorias de base, a FIA também colocará as posições do campeonato como fator para determinar o grid de largada, caso não ocorra treinos livres ou a classificação. Os comissários também terão liberdade para convocar membros das equipes a qualquer momento durante as etapas, não mais apenas em reuniões preestebalecidas.

Com a temporada encerrada, a F2 e F3 retornam apenas no ano que vem, junto à F1, no dia 2 de março, com a estreia do campeonato no GP do Bahrein.

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