Veloz, arrojado e técnico: Anthoine Hubert era oásis de qualidade na F2

Anthoine Hubert tinha muito talento e um futuro promissor na Fórmula 1. Da safra de Esteban Ocon e Pierre Gasly, era uma das grandes esperanças francesas

Anthoine Hubert era um dos maiores talentos da nova safra de pilotos. Nascido em Lyon, o francês de 22 anos sempre demonstrou velocidade, arrojo e boa técnica. Campeão no kart, na F4 Francesa e na então GP3, Hubert tinha tudo para chegar ao grid da Fórmula 1 em alguns anos.
 
Da mesma ótima geração de Esteban Ocon e Pierre Gasly, Hubert era fruto direto da nova filosofia da Federação Francesa. Após longo hiato no grid da principal categoria do mundo, o investimento foi pesado para não apenas voltar a ter destaque, mas ter pilotos de ponta em equipes de ponta.
 
A carreira de Hubert não foi linear, assim como a de boa parte dos novos talentos da F1. Anthoine chegou aos monopostos já sendo campeão, em 2013, mas penou com alguns anos medianos na F-Renault e até na F3. Foi na GP3 que se reencontrou.
Anthoine Hubert era um grande talento (Foto: FIA F2)

Em um grid que sofria bastante num período de entressafra de pilotos, Hubert sobrava. Após já ter ido bem em 2017, brilhou em 2018, indo ao pódio em nada menos que 11 das 18 corridas disputadas. A vaga na F2 estava garantida e um contrato no programa de jovens da Renault assinado.

 
Foi ano também de afirmação, de forte evolução, de demonstração pura de talento. Não dava para cravar que chegaria a um grid de só 20 carros, mas o caminho estava sendo devidamente pavimentado e importantes fatores começavam a se encaixar para estar na F1 dentro de algumas temporadas.
 
Chegou 2019 e a impressão inicial era de que seria um ano duro para as pretensões de Anthoine. Por mais que o grid da F2 não tivesse lá grande qualidade, estar com a Arden seria um desafio e tanto na disputa contra times poderosos como a Prema, a Dams, a Carlin e a ART.
Anthoine Hubert tinha bom caminho pela Renault (Foto: FIA F2)
Na medida do possível, Hubert se destacou. Venceu em Mônaco, venceu na corrida de casa, encheu os olhos com algumas belas ultrapassagens e performances improváveis como no Bahrein ou na Catalunha. Em geral, era um oásis de qualidade entre os novatos no grid, um dos melhores pilotos da geração.
 
Quis o destino que tudo acabasse no seu pior momento na temporada, com cinco corridas longe do top-10. Quis o destino que fosse na lendária Spa-Francorchamps, palco de dois de seus pódios em 2018. Quis o destino que, depois de Jules Bianchi, mais um francês muito promissor parasse bem antes de onde poderia chegar.
 

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