5 coisas que aprendemos no eP de Diriyah, 2ª e 3ª etapas da Fórmula E 2024

Em fim de semana com brilho brasileiro, Jake Dennis e Nick Cassidy arrebataram as duas vitórias na rodada dupla do eP de Diriyah. O neozelandês segue imparável em 2024, enquanto António Félix da Costa e a Porsche não conseguiram se encontrar

A Fórmula E realizou a primeira rodada dupla da temporada 2023/24 no último fim de semana, no eP de Diriyah, e alguns pontos de interrogação começaram a ser melhor delineados após um início morno na Cidade do México. Com duas corridas bem melhores do que na estreia, Jake Dennis venceu a primeira disputa em solo árabe, enquanto Nick Cassidy levou a melhor na prova que fechou a etapa.

O fim de semana também foi bastante positivo para Jean-Èric Vergne e Oliver Rowland, que conquistaram as duas poles em disputa e levaram suas equipes ao pódio logo em seguida. Enquanto o francês conseguiu terminar em segundo com a DS Penske, o britânico marcou seu retorno à Nissan com o terceiro lugar.

Ainda que a ordem de forças siga bem parecida à do ano passado, o sistema de duelos da classificação mostrou mais uma vez que as surpresas estão sempre à espreita na Fórmula E. No entanto, ficou claro: o título não vai fugir dos trens de força Jaguar ou Porsche. Novamente, o fim de semana reservou uma vitória para cada lado, e os três triunfos da temporada ficaram com três pilotos diferentes — todos postulantes ao título no ano passado.

Além de Dennis, Rowland, Vergne e Cassidy, que subiu aos dois pódios da etapa árabe, Robin Frijns também conseguiu seu primeiro ponto alto desde o retorno à Envision e foi ao top-3 na corrida 2.

eP de Diriyah trouxe corridas movimentadas e mais duas vitórias de pilotos diferentes (Foto: Fórmula E)

A McLaren também teve um fim de semana de brilho, com dois quartos lugares — um de Sam Bird e outro de Jake Hughes —, enquanto Nissan e DS Penske também celebraram pontos positivos. Sérgio Sette Câmara, que brilhou com o quarto lugar no grid da corrida 1, fez o que pôde com uma ERT extremamente deficiente, e Lucas Di Grassi admitiu que não espera ser competitivo com a Abt Cupra enquanto usar o trem de força Mahindra.

Diante deste cenário, o GRANDE PRÊMIO aponta cinco coisas que aprendemos na segunda etapa da temporada da Fórmula E em 2024, na rodada dupla de Diriyah:

Nick Cassidy desponta como grande favorito ao título mundial

Três corridas e três pódios, com uma vitória logo na terceira prova pela Jaguar. Nick Cassidy mantém o ápice desde o ano passado e segue como um dos pilotos que mais compreendem as necessidades da Fórmula E durante as corridas. Rápido e eficiente na gestão de energia, o neozelandês não precisou de nenhum tempo de adaptação na nova equipe e vai engolindo Mitch Evans nas primeiras etapas. Levando em consideração a temporada de 2023, quando foi o maior vencedor ao lado do agora companheiro, e sua trajetória ascendente, o piloto é, sim, o favorito ao título da categoria neste momento.

Cassidy é estrela que brilha de maneira ofuscante na Fórmula E (Foto: Fórmula E)

ERT impede Sette Câmara de sonhar mais alto na Fórmula E

Sérgio Sette Câmara abriu o fim de semana com uma classificação espetacular, garantindo o quarto lugar no grid e sendo eliminado apenas por Jean-Èric Vergne, que viria a conquistar a pole. Na corrida, o brasileiro fez o que pôde com um carro que despeja bateria e se defendeu durante todas as voltas, conquistando dois pontos em um nono lugar extremamente valioso.

Como nem conseguiu largar na Cidade do México por conta de um problema no carro, Sette Câmara faz o possível com um dos piores conjuntos do grid — talvez, neste momento, o pior — e mostra que poderia sonhar mais alto na categoria, caso tivesse algo mais competitivo em mãos. De toda forma, uma excelente apresentação antes de correr em casa no mês de março.

Não, a Porsche não resolveu seus problemas de classificação

A pole na Cidade do México foi um devaneio? No momento, parece que sim. O máximo que o trem de força da Porsche conseguiu nas classificações de Diriyah foi uma semifinal com Jake Dennis na corrida 1. Na segunda prova, não levou nenhum dos quatro carros empurrados pelo motor alemão aos duelos, o que é extremamente preocupante. Largar mal e se recuperar era possível no início da Era Gen3, mas já ficou claro que não será mais o suficiente em 2024, com um grid que entende muito mais sobre o conjunto. Nissan e DS melhoraram absurdamente, a Jaguar segue competitiva, e a Porsche estagnou. A palavra urgência já deu lugar à outra, muito mais apropriada: desespero.

A fase de António Félix da Costa é inexplicável (Foto: Fórmula E)

Segue a fase tenebrosa na carreira de António Félix da Costa

20º colocado no grid da corrida 1 e 16º ao fim da prova. 21º na largada da corrida 2, 14º na prova. Essa foi a história contada por António Félix da Costa, que não foi visto em nenhum momento do fim de semana de Diriyah e admitiu que vive um dos momentos mais delicados da carreira. Se a Porsche já dificulta as coisas na classificação, o português também não consegue extrair do carro e em nenhum momento sonhou com pontos na Arábia Saudita. É, de fato, um desempenho assustador para um dos maiores nomes do grid — e da história — da Fórmula E.

Jaguar nunca teve tantas chances de vencer o Mundial de Equipes

Mitch Evans não teve um fim de semana de sorte em Diriyah e perdeu o pódio da corrida 1 na última volta, em um movimento que testou os limites da ousadia para cima de Vergne. Na segunda prova, se classificou mal e precisou de uma punição a Dennis — de certa forma, ‘forçada’ pela Jaguar — para somar um ponto. Mas isso não muda o fato de que a segunda etapa do campeonato foi de, mais uma vez, muita força para os felinos.

A Jaguar nunca viu suas chances tão altas no Mundial de Equipes (Foto: Hankook)

Com 52 pontos, a Jaguar somou mais pontos do que qualquer outra equipe em Diriyah, bem à frente de DS Penske [35] e Andretti [34]. Com Cassidy em forma espetacular e Evans sempre combativo, a equipe britânica conseguiu sua dupla mais forte na Fórmula E e tem a melhor oportunidade da história de enfim conquistar o título. Inclusive, já tomou a liderança do campeonato e tem 31 tentos de frente para a DS Penske — que não é uma competidora direta. Para a Porsche, já são 40. O caminho para a taça inédita começa a ser pavimentado.

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Assista à corrida completa do eP de Diriyah 2

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