Equipes voltam ao trabalho com carros desgastados e protocolos de segurança

As equipes da Fórmula E retomaram o trabalho nas fábricas neste mês de junho, após longa parada, após receberem os carros de volta

A Fórmula E já voltou ao trabalho. Ainda que não haja um calendário oficializado com relação ao prosseguimento da temporada 2019/20, interrompida por conta da pandemia do novo coronavírus, a categoria já entregou os carros de volta para as equipes há alguns dias. Agora, os times criam e solidificam seus protocolos de segurança nas fábricas ao passo em que começam a trabalhar para voltar às pistas nos próximos meses.

De acordo com levantamento do site inglês ‘The Race’, as equipes estão em estágios diferentes. A Mahindra, que perdeu Pascal Wehrlein na semana passada, está se mudando para novas instalações em Banbury, na Inglaterra, ao passo que DS Techeetah e a Virgin voltaram ao trabalho próximo do normal em suas fábricas, respectivamente, em Satory, na França, e Silverstone, na Inglaterra. As equipes retomaram os trabalhos no começo do mês de junho.

O diretor-esportivo Leon Price, da Virgin, falou que os carros, como já era esperado, chegaram à fábrica como corrosão nas partes metálicas – não falou, porém, sobre as baterias, que eram a grande preocupação. Mas tratou de diminuir a importância. É necessário lembrar que os carros ficaram fechados no depósito da FE em Valência, na Espanha, desde que retornaram da corrida no Marrocos.

“Fizemos uma avaliação inicial nos carros e, sim, tem alguma corrosão já esperada em partes de metal, mas não é nada demais. Tudo pode ser consertado e temos bastante tempo para isso. Já ligamos [os carros] também e estamos prontos para correr quando recebermos a luz verde da Fórmula E”, disse ao ‘The Race’.

Price falou também dos protocolos de segurança aplicados para o trabalho do dia a dia seguindo as exigências do governo do Reino Unido.

“Normalmente quatro ou cinco pessoas podemos ficar na sala de submontagem, agora são só duas, para que possam se mover com liberdade e manter a distância. Se houver alguma ferramenta usada por mais de uma pessoal, por exemplo, temos grandes tubos cheios de lenços com substâncias antibacterianas e antivirais em todas as salas de trabalho para que possam limpar. Realmente fizemos o máxmo possível em termos de mantê-los a salvo e estamos seguindo as normas governamentais”, falou.

Já a DS Techeetah, na França e operando num espaço dentro da fábrica do Grupo PSA, dono da Citröen, marca-mãe da DS Automobiles, tem protocolos um pouco diferentes, mas também restritos.

“Estamos operando dentro do departamento de esporte a motor de uma grande fábrica e, assim, estamos sujeitos às exigências do Grupo PSA. Então, por exemplo, nosso pessoal teve que assistir uma aula de como chegar no local em que se deve buscar equipamentos de proteção, quanto desse equipamento tem que ser usado, etc. Todos da equipe precisam ter um histórico de temperatura corporal em medições feitas de manhã e à tarde todos os dias por duas semanas. Se não tiverem, não poderão entrar na planta”, contou o diretor Nigel Beresford.

Beresford, entretanto, colocou uma luz de atenção sobre a possibilidade da FE realizar seis corridas ao longo de oito dias em Berlim. Segundo ele, trataria-se de uma manobra complexa em termos de mão de obra para as equipes. Há uma discussão em curso sobre limitar o número de funcionários permitidos por cada equipe para as corridas na capital alemã.

“Se fizermos seis corridas num período curto, será muito difícil. Vai ser preciso toda a capacidade mecânica disponível, então é necessário que seja planejado com toda a cautela nesse tempo de circunstâncias difíceis”, finalizou.

De acordo com o projeto da FE, as corridas no Aeroporto de Tempelhof acontecerão entre os dias 5 e 13 de agosto com a possibilidade de fechar a temporada com uma corrida na Coreia do Sul, mas em setembro. Tudo isso ainda precisa ser autorizado pela FIA.

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