Os intensos protestos que marcaram o começo do ano em Paris, organizados pelo movimento Gilets Jaunes (Coletes Amarelos, em tradução livre), preocuparam a Fórmula E e causaram uma mudança insólita para o eP realizado na capital francesa na última semana: uma mudança no vestuário.
Cabe uma explicação: os protestos que eclodiram e tomaram o centro de Paris entre fevereiro e março deste ano foram como forma de se opor às políticas econômicas do presidente Emmanuel Macron e em nome de justiça econômica na França. Os Gilets Jaunes ganharam muita força desde o fim de 2018.
Desde então, a FE discutiu com a cidade de Paris e respectivas forças de segurança quais seriam as formas de garantir que o evento acontecesse sem problemas. Segundo Alejandro Agag, uma das mudanças importantes foi deixar de usar os jalecos de cor amarela que normalmente identificam os funcionários da categoria que trabalham com a montagem da estrutura.
Os coletes azuis do pessoal da montagem (Foto: Michelin)
"Mais e maior segurança [mudança feita]. E mudamos o jaleco que o nosso pessoal usa", contou ao site norte-americano 'Motorsport.com'.
"Todo mundo encarregado da montagem do circuito leva o jaleco amarela, assim como os encarregados pelos prédios. Exceto nessa corrida, que estão com jalecos azuis. Obviamente somos cuidadosos em essas situações. Incrementamos a segurança e nos preparamos para qualquer possível contratempo", explicou.
"Mas nos deram garantias de que não haveria qualquer tipo de problema, mas estávamos sempre alerta", finalizou.
Paris recebeu, sim, manifestações contra o Governo Macron no fim de semana, mas em outra parte da cidade. Na pista, o que houve foi caos causado pelos pilotos, as regras e a chuva. Robin Frijns ganhou a corrida.