Fórmula E recua e adia implementação do Attack Charge para temporada 2023/24

Depois de adiar a ideia do Attack Charge para o meio do campeonato, Fórmula E voltou atrás e vai deixar a implementação do artifício para a próxima temporada da categoria

A introdução do Attack Charge, previsto para ser implementado na Fórmula E em 2023, vai mesmo ficar para o ano que vem. Segundo entrevista do CEO Jamie Reigle ao portal inglês The Race, a categoria reconheceu que o processo de iniciar o artifício com a temporada em andamento poderia prejudicar a esportividade da competição. Além disso, o dirigente diminuiu a importância da novidade para a emoção do campeonato, que tem se provado um dos melhores da história da modalidade até aqui.

“Pode ser que nossos fãs digam que o Attack Charge é a melhor coisa da história e precisa ser um componente de todas as corridas na Fórmula E, mas pode ser também que esse não seja o caso”, disse Reigle ao The Race. “Acho que o espírito da Fórmula E é evoluir e ser flexível, certo?”, questionou.

“Minha opinião era de que deveríamos introduzir [o Attack Charge], porque nós dissemos que iríamos”, admitiu. “A ideia original era implementar no começo da temporada, mas sabíamos que não conseguiríamos chegar lá”, reconheceu.

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Problemas de confiabilidade na bateria adiaram o Attack Charge, que agora fica para 2024 (Foto: Fórmula E)

O Attack Charge seria implementado na Fórmula E este ano, substituindo o modo ataque tradicional em algumas corridas do calendário, mas a dificuldade com a reposição de peças e os problemas da Williams com a produção das baterias adiou os planos.

O artifício consiste em uma parada obrigatória de 30 segundos, que desbloquearia dois períodos de modo ataque — nos quais a potência do Gen3 aumenta de 300 kW para 350 kW. Programado para estrear em algumas corridas selecionadas do campeonato, o Attack Charge acabou deixado de lado no início do ano porque a Williams estava focada em resolver a confiabilidade da bateria.

Conforme o tempo passou, porém, ficou claro que os problemas do início do ano impediriam que a Fórmula E seguisse seus planos, e a meta passou a ser implementar o Attack Charge com a temporada em andamento. Demonstrando certo incômodo, Reigle citou o novo formado de corridas sprint da Fórmula 1, adotado após três corridas já realizadas em 2023, e admitiu que ainda preferia testar o modelo no atual campeonato.

Depois de um início atribulado, Era Gen3 tem produzido um dos melhores campeonatos da história da Fórmula E (Foto: Maserati)

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“Então, dissemos: ‘ok, vamos tentar no meio da temporada’, mas tivemos algumas preocupações quanto à integridade esportiva ao misturarmos dois conjuntos de regras”, explicou. “Eu aceito isso. Mas se você olhar para a Fórmula 1, eles têm corridas sprint”, destacou.

“Não estou dizendo que não seja uma preocupação válida, mas acho que, quanto mais tarde você faz, você passa a enfrentar pequenos problemas”, prosseguiu. “Se você só puder fazer isso em uma ou duas corridas, o equilíbrio do campeonato pode acabar se resumindo a isso. Mas também se resume a centenas de outras situações ao longo da temporada”, afirmou.

Sem o Attack Charge, a Fórmula E volta às suas atividades no próximo fim de semana, no dia 6 de maio, com a disputa do eP de Mônaco. O GRANDE PRÊMIO, emissora oficial da categoria no Brasil, transmite todas as atividades de pista AO VIVO e com imagens, no YouTube e no Kwai.

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