Fórmula E recua e analisa retorno à China em 2024: “Maior mercado de carros elétricos”

A Fórmula E divulgou, no fim do mês de junho, seu primeiro calendário provisório para a temporada 2023/24. Além da estreia de Tóquio e da oficialização de São Paulo para seu segundo ano, o que chama atenção na programação são os três ‘TBD’ incluídos pela categoria. Algo como ‘a ser definido’ em português, a verdade é que duas das datas já possuem seus destinos praticamente selados — e o suspense fica pela última, que pode ser na China.

Das três datas ainda não confirmadas, duas são em fevereiro, nos dias 10 e 24 — e o desejo da categoria, manifestado inclusive pelo cofundador Alberto Longo, é de ter Hyderabad e Cidade do Cabo em mais uma temporada. A confirmação, entretanto, ainda esbarra em questões financeiras.

“Esperamos ter essas duas corridas de volta. A razão para elas não estarem no calendário é: algumas negociações ainda estão pendentes entre nós, os promotores e as cidades”, afirmou. “Preciso dizer, tanto Cidade do Cabo quanto Hyderabad e o estado de Telangana estão realmente apaixonadas sobre receberem a Fórmula E de novo”, celebrou.

“Mas algumas questões financeiras ainda precisam acontecer entre agora e outubro, quando iremos anunciar o calendário final”, afirmou Longo.

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Assim, a tendência é mesmo de que Índia e África do Sul ocupem as duas primeiras vagas. Quanto à terceira, a concorrência é maior. Segundo Jeff Dodds, novo CEO da Fórmula E, a categoria conversa com cinco cidades que almejam receber a etapa. O entendimento é de que Málaga corre na frente, mas nada impede que o apelo da China — ou da América do Norte — saia vitorioso no final.

“Nós temos três ‘TBD’ [corridas a serem confirmadas] no calendário e estamos em várias conversas com diferentes cidades”, disse Dodds. “Eu não descartaria que uma dessas fosse na América do Norte, além de Portland”, avaliou.

“A China tem uma importância enorme, é o maior mercado de carros elétricos. É uma das opções em potencial”, apontou. “É igual à América do Norte, que também é um mercado gigante para a categoria e as equipes”, observou.

Vale destacar que o posicionamento representa uma mudanças nos planos da categoria, que tratava a questão sanitária da China como um grande entrave para um retorno em 2024.

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Sobre Málaga, que sonha em receber sua primeira etapa de Fórmula E no ano que vem, Dodds também ressaltou o peso de ter a cidade espanhola no calendário. Com rica história no esporte a motor, o país nunca recebeu a categoria até hoje, com exceção das sessões de testes em Valência.

“A Espanha tem uma história muito forte no automobilismo, na Fórmula 1 e na MotoGP”, ressaltou Dodds. “Temos muitas conversas em andamento, todas muito avançadas”, garantiu.

Por fim, o CEO não se esquivou ao abordar a intenção de ir a outra cidade dos Estados Unidos em 2024. Buscando fortalecer a entrada no mercado norte-americano, em caminho também tomado pela Fórmula 1 nos últimos anos, a Fórmula E almeja repetir o que fez em Seul e realizar uma corrida que passe por dentro de um estádio — desta vez, preferencialmente, em Los Angeles.

“Los Angeles é um dos locais que estamos analisando, é outra grande cidade dos Estados Unidos, perto do Dodgers Stadium — em volta, por dentro, quem sabe”, brincou o CEO. “Mas estamos animados sobre as conversas que estamos tendo com eles”, frisou.

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