Sette Câmara admite desânimo com ritmo da Dragon: “Não dá prazer de correr”

Após mais uma corrida em que se classificou bem, mas não teve o equipamento necessário para competir com os rivais, Sérgio Sette Câmara admitiu o descontentamento com a baixa performance do carro da Dragon

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Mais uma etapa da Fórmula E se passou no último final de semana, e mais uma vez a história foi repetida por Sérgio Sette Câmara. O brasileiro, que tem obtido bons resultados na classificação e demonstrado velocidade mesmo com um trem de força muito abaixo dos demais, novamente conseguiu uma boa posição de largada — em 12º lugar — e precisou ver todos os rivais passarem por ele até o final da disputa, na qual foi o último entre os que completaram a corrida.

O mineiro explicou que a boa posição de largada foi inclusive prejudicial para as aspirações da Dragon, já que a pouca eficiência da bateria não o permite batalhar com praticamente nenhum rival. Na tentativa de segurar as posições, o carro gasta ainda mais energia e chega ao final da corrida sem bateria, o que fez Sette Câmara terminar atrás até mesmo de Antonio Giovinazzi, seu companheiro de equipe e claramente sem adaptação à Fórmula E.

“Foi uma corrida muito difícil”, disse. “A gente se classificou bem, saímos em 12º, e principalmente nesses dias, onde a gente acaba classificando bem, que são os mais difíceis de correr bem — acredite ou não. Porque você não consegue manter as posições, os outros pilotos começam a te ultrapassar e você tem duas opções: ou deixa eles te passarem, perde a posição e perde o tempo também — pois quando te passam você perde tempo —, ou você tenta lutar e acaba comsumindo mais [bateria] do que deveria, e no final das contas eles te passam do mesmo jeito”, completou um frustrado Sette Câmara.

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Sette Câmara disse até mesmo que largar em último poderia ter sido melhor em Marrakech (Foto: Fórmula E)

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Claramente frustrado com mais uma corrida sem conseguir competir com os demais rivais no grid, Sette Câmara ressaltou a boa classificação que fez ao garantir o 12º lugar, mas admitiu que com o equipamento que tem em mãos, talvez fosse melhor largar mesmo do fim do grid para conseguir administrar a energia ao longo da corrida.

“Em resumo, você acaba caindo para último no final da corrida com nosso ritmo atual, sem energia nenhuma, sem bateria”, lamentou o brasileiro. “É quase melhor já largar em último, que você fica ali administrando desde o início. Então, é complicado. Não é uma corrida que dá prazer em fazer”, criticou Sette Câmara.

“Mas saio daqui outra vez com a sensação de dever cumprido, dei meu máximo, tirei o máximo do carro”, destacou. “Mas é impressionante a gente ficar a 0s050 nos duelos da classificação, parecer competitivo, mas chegar na corrida e não ter o menor ritmo. Então, a gente tem que fazer alguma coisa”, finalizou.

Com mais três etapas pela frente, cada uma com duas corridas, a Dragon segue como o único time a não ter conquistado um ponto sequer na atual temporada. A Fórmula E retorna daqui a duas semanas, com a rodada dupla do eP de Nova York programada para acontecer nos dias 16 e 17 de julho.

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