Chefão da Indy se diz “muito otimista” com relação a chances de andar em Brasília no primeiro fim de semana de março

Intenção de Mark Miles, CEO da Indy, é abrir a temporada 2015 com dois eventos fora da América do Norte, sendo que ele está confiante de que será possível correr em Brasília no dia 8 de março

A Indy ainda não fechou o calendário da temporada 2015, mas Mark Miles, CEO da categoria, disse que está otimista com relação à possibilidade de realizar provas em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e em Brasília, no Brasil, antes de voltar aos Estados Unidos para o GP de São Petersburgo no fim de março.

“Estamos muito otimistas sobre ter Brasília no calendário no primeiro fim de semana de março do próximo ano”, afirmou em entrevista à revista ‘Racer’.

“E estamos bem otimistas de que vamos ter uma que não é o Brasil antes disso, então, se conseguirmos isso, vamos começar a temporada na primeira metade de fevereiro, seis ou sete semanas mais cedo do que neste ano”, disse.

Mark Miles confia na ida da Indy a Brasília em 2014 (Foto: IndyCar)

O acordo para levar a Indy a Brasília foi anunciado em março deste ano pelo Grupo Bandeirantes e pelo Governo do Distrito Federal. A concretização do plano envolve a modernização do Autódromo Nelson Piquet, inaugurado há 40 anos, mas que nunca foi reformado.

Entretanto, como publicou o GRANDE PRÊMIO na última terça-feira, a licitação para as obras que devem acontecer no circuito vai ocorrer só no dia 8 de setembro, e o prazo para a conclusão das melhorias é 2016 — muito além da data de 8 de março indicada por Miles.

Willy Hermann, um dos detentores dos direitos da Indy no Brasil, falou ao GP que, apesar disso, confia na realização do evento. De acordo com ele, a categoria norte-americana não pensa em prejudicar um projeto de longo prazo devido a uma questão pontual. “Entendemos que o projeto para o autódromo de Brasília contempla três anos para ser finalizado. Se as condições de segurança e conforto existirem tanto para o público como para equipes e pilotos, a Indy não tem problemas em administrar algumas limitações no primeiro ano em função de uma sólida parceria de longo prazo com o Governo do DF e o povo brasileiro. Lembro não ser incomum realizar corridas em autódromos com obras de manutenção, ampliação ou modernização em curso”, garantiu Hermann.

A MotoGP, no entanto, não tem demonstrado a mesma compreensão da Indy com a lentidão no início das melhorias. Carmelo Ezpeleta, chefão do Mundial, já sinalizou com a mudança do GP do Brasil, cancelado em 2014, para o recém-reformado Autódromo Ayrton Senna, em Goiânia.

Por enquanto, a Indy segue tratando o GP de São Petersburgo como a primeira etapa do campeonato. Em nota divulgada na quinta-feira sobre o uso dos kits aerodinâmicos no próximo ano, a categoria mencionou que a estreia das peças acontecerá no circuito de rua da Flórida no fim de março.

Com relação ao restante do calendário da Indy, Miles e a Indy pretendem seguir fórmula semelhante à que foi introduzida em 2015 e realizar uma temporada compacta. O GP de São Petersburgo, primeiro em solo norte-americano, vai será em 29 de março. E a final, que deve novamente ter Fontana como palco, será antes do campeonato da NFL começar, no início de setembro.

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