Hinchcliffe revela medo até saber se poderia voltar a correr após acidente. Agora, está “mais forte do que nunca”

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A edição 100 das 500 Milhas de Indianápolis não poderia ter começado de forma mais emblemática. A história de superação e força de James Hinchcliffe apenas reforçou a magia que a mais famosa prova do automobilismo nos EUA desperta nos competidores e fãs. Aquela pole tinha de ser dele. E o canadense não desperdiçou a chance de provar o quão corajoso é ao voltar ao carro depois de tudo que a pista fez com ele em 2015.

 

No ano passado, o carismático piloto da Schmidt Peterson sofreu um horrível acidente nos treinos, foi ao hospital, passou por uma cirurgia difícil, perdeu a corrida e a temporada, e só retornou às competições neste ano, em São Petersburgo. Mas o que James queria mesmo era voltar a pisar no asfalto de Indianápolis. “Sonhei muitas vezes com esse momento”, confessou na entrevista acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO. E não para ser apenas por uma voltinha, mas para ser o mais veloz.

 

Por isso, o pole da Indy 500 se acha uma pessoa de sorte. "Sou uma pessoa de muita sorte, não só por tudo que aconteceu comigo depois do acidente, mas principalmente por estar correndo onde estou, por ter essa carreira. Eu estou aqui, na pole da corrida 100 das 500 Milhas de Indianápolis, e é fantástico. Acho que não tenho nem palavras mais para expressar tudo que isso realmente significa para mim. Mas sei que nunca me senti mais forte na vida", revelou o dono do carro #5.

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“Acho que fazer o que fizemos no domingo passado foi inacreditável. Ainda é”, acrescentou. “Mas provou também que estamos em uma posição muito forte para essa corrida. Esse lugar é mágico. Depois de tudo que passamos, é inacreditável: você nunca se cansa desse lugar, na verdade. Esse é o lugar onde você tem de estar. E conquistar a pole foi impressionante, de fato. Espero que tenha uma razão para isso também”, emendou.

 

Talvez o motivo tenha sido o medo que o canadense sentiu até descobrir que, sim, seria possível voltar a correr depois da reabilitação. E disse que, embora não tenha nenhuma lembrança do acidente, o momento mais assustador foi a dúvida. 

 

“Acho que o momento mais assustador foi acordar e esperar por respostas”, contou ao ser questionado pelo GRANDE PRÊMIO em Indianápolis. “Para falar a verdade, eu só queria saber quando poderia voltar a um carro de corrida de novo. Na verdade, naquele momento, eu só queria ouvir isso quando poderia voltar a pilotar. Eu passei por momentos de dor e também momentos bons, e tudo bem, mas tudo o que eu precisava saber era quando poderia voltar. Quando finalmente tive essa resposta, todos os medos da minha cabeça se foram”, revelou.

 

Agora sem medo, Hinch quer completar o capítulo ‘Indianápolis’ com a vitória. “Por que não?”, brincou.