Newgarden se defende sobre relargada e minimiza irritação de Power: “Se exalta fácil”

Acusado de alternar o ritmo antes da última relargada, Josef Newgarden rechaçou ter feito algo ilegal e disse não ter realizado "nada diferente do que já fiz"

Alexander Rossi decolou após acertar Will Power na relargada (Vídeo: IndyCar)

Josef Newgarden venceu o GP de Gateway da Indy, a primeira vitória desde a Indy 500. A noite de sábado (17) deveria representar um período de paz, mas o norte-americano se viu no meio de uma polêmica e foi acusado por alguns pilotos, como o companheiro de Penske Will Power, por alternar o ritmo durante a penúltima relargada da corrida, com dez voltas para o final. O #2 se defendeu e minimizou as críticas do australiano pelo episódio.

Ocupando a primeira posição, Newgarden controlava o ritmo do pelotão antes da relargada. No entanto, o norte-americano foi acusado de alternar o ritmo — acelerar e frear — por Power e outros membros do paddock, como Bryan Herta, estrategista de Kyle Kirkwood e pai de Colton Herta, que criticou a Indy por falta de punição ao bicampeão por não ter mantido uma velocidade constante. O dirigente ainda atacou a categoria e disse que “não há condições iguais”.

De acordo com o regulamento da Indy, mais especificamente no artigo 7.1.1.3, “o líder é obrigado a manter o ritmo até chegar à zona de reaceleração designada pela Indy. Quando o líder acelerar à velocidade de de corrida, a bandeira verde será então acionada”. Nesse ponto também existe outra polêmica além do ritmo supostamente inconstante, pois a transmissão da etapa deste sábado deixou claro que a verde foi agitada antes de Newgarden ter dado o pé no acelerador.

O norte-americano justificou que não fez “nada diferente”, que a intenção era relargar o mais tarde possível, mas sugeriu que alguns pilotos tentaram adivinhar o momento certo de partir. Quanto ao fato de ter alternado o ritmo, Newgarden deixou à disposição os dados de telemetria.

Josef Newgarden voltou a vencer na Indy (Foto: Indycar)

“Se a direção de prova deu verde, e eu ainda não parti por apenas 1s, penso que as pessoas estavam tentando adivinhar a largada, o que foi um problema nos últimos dois anos, para ser honesto. Esse é um assunto constante nas reuniões de pilotos e, quando há apenas um pequeno erro, acho que os pilotos ficam muito agitados nesse momentos, tentando ganhar a corrida. Parecia que alguém estava fora de tempo na parte de trás, pelo menos um indivíduo, e foi isso que causou o problema”, disse Newgarden.

“Tentei sair o mais tarde possível. Às vezes, os pilotos [relargam] bem cedo. Às vezes, partem no meio [termo]. Também tem os que vão um pouco tarde e os que saltam muito tarde. Não foi nada muito diferente do que já fiz antes. Não sei se mudaria muita coisa. Se alguém quiser dar uma olhada nos dados, verá que a velocidade foi muito consistente. O que me pareceu foi que entrou a bandeira verde momentaneamente antes de eu acelerar. Estou falando de 0s5, 1s”, completou.

O clima na Penske azedou ainda durante a prova de Gateway. Power, logo após o acidente que gerou a bandeira vermelha, pulou a mureta que divide a pista com os boxes e apontou o dedo médio para Newgarden, que seguia o safety-car. Em entrevista concedida durante a paralização, o australiano disse que o companheiro “foi quem mais errou” na relargada. Continuando a explicação sobre o episódio, o #2 minimizou as críticas e culpou o temperamento de Will pela exaltação.

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Will Power mostra dedo médio a Josef Newgarden (Vídeo: IndyCar)

“Conheço o Will muito bem. Entendo que ele esteja chateado. Abandonou a corrida e é um candidato ao título. Imagino como se sente, especialmente depois da noite que teve, quando liderou dois terços da prova e terminou sendo atropelado. Logo de cara, acho que vai tentar colocar a culpa em qualquer coisa que ver. Power se exalta rapidamente, mas acho que quando se acalmar e analisar a situação, provavelmente, não terá exatamente o mesmo pensamento”, apontou Newgarden.

“Acredite em mim, a última coisa que queria que acontecesse era que acertassem o Will. Posso dizer agora mesmo que, se eu for conversar com Roger Penske hoje à noite, ele vai olhar para mim e perguntar: ‘Você fez um bom trabalho hoje?’ Quero que ele pense que tenho um bom desempenho em todas as noites que nos vermos. Não mudaria muita coisa em meu procedimento. Não é muito diferente do que já fiz no passado, mas odiei que o Will tenha sido atingido esta noite”, finalizou.

 A Indy retorna já no próximo fim de semana com a etapa de Portland, no Oregon, marcada para o próximo domingo (25), com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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