Na Garagem: Dixon coroa reação e sela tri da Indy em cima de Castroneves em Fontana
Scott Dixon conquistou o terceiro título da Indy em uma recuperação histórica em 2013. Em quinto em Fontana, o neozelandês derrotou Helio Castroneves, mas foi a rodada dupla de Houston que decidiu o campeonato em favor do piloto da Ganassi
Scott Dixon conquistou o tri da Indy em 2013 em um dos finais de temporada mais improváveis que a categoria já viu. A taça veio em Fontana, na etapa decisiva, em corrida até discreta do neozelandês da Ganassi, que fechou na quinta colocação. Exatamente dez anos atrás.
Foi naquele sábado (19), no oval californiano, que Dixon consolidou uma virada absurda, construída na rodada dupla de Houston, penúltima etapa do campeonato. Lá, na pista de rua texana, Scott venceu a corrida 1 e foi segundo na prova 2, enquanto Helio Castroneves, que levava 49 pontos de frente para o rival, abandonou as duas corridas.
Assim, Dixon entrou na etapa de Fontana em vantagem e se deu ao luxo de fazer uma corrida mais conservadora. Aliás, foi perfeito para o piloto da Ganassi, já que a corrida final foi uma completa loucura. Tanto que só cinco carros chegaram na mesma volta e outros quatro completaram com giros de atraso. Do décimo para trás, só abandonos. Um caos.
A prova de Dixon foi de se manter sempre ali na zona do top-10 e, principalmente, longe das confusões. Administrando a vantagem que havia construído inteiramente em Houston, Scott viu Castroneves participar muito mais ativamente da prova, mas isso nunca foi um problema.
O brasileiro, por outro lado, esteve sempre entre os protagonistas da etapa e, buscando a liderança, já na reta final da corrida, acabou com danos no bico ao levar uma fechada de Charlie Kimball, então companheiro de Dixon na Ganassi.
Aquilo tirou Helio de combate. Ainda que não tenha representado um abandono, fez o brasileiro perder volta e sair completamente da disputa, afinal, Dixon estava no giro do líder. A corrida foi tão maluca que, mesmo como retardatário, Helio chegou na sexta colocação, apenas uma posição atrás de Scott, campeão com 27 pontos de frente.
Dixon, que mirava a sétima posição para ser campeão, foi sendo ajudado pelo caos completo o tempo todo. No fim das contas, quanto menos carros na pista, mais fácil para o neozelandês administrar a colocação de chegada.
E um dos momentos mais marcantes nisso foi o assustador ‘big-one’ que surgiu perto da metade da prova: Justin Wilson rodou e foi acertado por outros cinco pilotos: Oriol Servià, Josef Newgarden, James Jakes, Simona de Silvestro e Tristan Vautier. Simona ainda voltaria para a corrida, mas bem atrasada em número de voltas. Wilson, por sua vez, teve de ser removido para o hospital, com lesões pulmonares e pélvis fraturada.
Em meio à confusão, a Penske conquistou a vitória em Fontana, mas não com Castroneves. Foi Will Power, na época ainda marcado por atuações espetaculares em pistas de rua e circuitos mistos, mas com baixíssimo aproveitamento em ovais, que levou a melhor. Atrás do australiano, Ed Carpenter e Tony Kanaan, aí já dois especialistas em circuitos assim.
Em quinto, atrás de James Hinchcliffe, Dixon fechou o terceiro dos seis títulos que o fazem, para muitos, o maior piloto da história da categoria. Helio foi vice pela terceira vez, algo que aconteceria de novo na temporada seguinte para o quatro vezes vencedor da Indy 500.
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