Sapucaí protagonista e promessa de nenhum dinheiro público: os detalhes da Indy no Rio de Janeiro

A Indy tem negociações avançadas para retornar ao Rio de Janeiro - a última vez que a categoria passou pela cidade foi em 2000. O GRANDE PRÊMIO conversou com o presidente da Riotur, que deu mais detalhes sobre o traçado e especificidades do projeto, que visa uma estreia logo após o Carnaval de 2020. O GP também apurou que já existem interessados em fazer parte do negócio

As negociações para que a Indy volte ao Brasil com uma prova no Rio de Janeiro estão a pleno vapor. O projeto tem o começo de março como período escolhido para desfilar pela Marquês de Sapucaí – as escolas de samba vão passar até os primeiros dias do mês, durante o Carnaval. As conversas estão, de fato, adiantadas.

 
Com o Sambódromo como ponto de partida e chegada, o traçado proposto não passa por pontos litorâneos pelos quais a cidade é tão conhecida. O Aterro do Flamengo era uma área desejada pela Indy, mas foi considerada inviável pela prefeitura, que escolheu a casa do samba carioca por toda a estrutura já pronta. Em crise, a cidade não vai arcar com nada em termos de dinheiro. O evento será bancado pela iniciativa privada – ao menos essa é a promessa.
 
“Há um interesse. A empresa que representa a Indy nos procurou com o interesse em fazer esse projeto no Rio em 2020", falou Marcelo Alves, presidente da Riotur, órgão da Secretaria de Turismo da cidade, em entrevista ao GRANDE PRÊMIO
 
"Já houve algumas conversações, eles queriam fazer isso no Aterro, e nós sugerimos no Sambódromo, por 'n' motivos. Primeiro que é um espaço icônico, segundo que já tem toda a estrutura para receber um evento desses. Arquibancada, camarotes… Há uma conversa bastante adiantada, e eles estão bastante empolgados e atuantes, já estivemos algumas vezes juntos", revelou.
Indy tem conversas adiantadas para voltar ao Rio de Janeiro (Foto: IndyCar)

"Já veio até o pessoal da engenharia, diretor de percurso para ver aqui, então está evoluindo, o negócio está andando com muita força", contou.

 
“A prefeitura não vai arcar com nenhum recurso público. O que a prefeitura está fazendo é apoiar a ideia. Evidentemente, esse evento, por ser privado, será viabilizado através de patrocínios, recursos privados. A prefeitura apoia e dará total suporye para toda a operação. Mas, financeiramente, nenhum apoio, até porque não tem como. Aí é com eles [patrocinadores], com a empresa que está cuidando disso, a empresa que está cuidando disso no Rio de Janeiro e já está se movimentando”, apontou.
 
“Por ideia deles, estão prevendo logo após o Carnaval, o que, para nós, é muito bom. O sambódromo vai estar praticamente pronto com áreas de camarote, só precisando readequar para o evento. Para nós, como interesse turístico, faz com que o turista tenha mais motivos para alongar a permanência na cidade. Tradicionalmente, há uma redução do turismo após o Carnaval, e nosso trabalho é com um interesse econômico”, declarou.
 
A empresa que está agindo como promotora da etapa brasileira é a LBZ Consultoria, registrada em nome de Leonardo Benzecry. O GRANDE PRÊMIO tentou contato e ainda não obteve retorno. Tão logo receba resposta, atualiza a reportagem. 
 
O traçado, além de girar em torno da Marquês de Sapucaí, explora bastante a Avenida Presidente Vargas, por onde segue até perto da Cidade Nova e o prédio da prefeitura. Depois, contorna na mesma avenida e faz o retorno. 
A avenida Presidente Vargas com a igreja da Candelária ao fundo (Foto: Reprodução/Flickr)

“No Sambódromo e ali no centro da cidade, na Presidente Vargas. Esse é o percurso. Começa no Sambódromo, vai até a Apoteose, volta, passa pelo Batalhão de Choque, vai na Presidente Vargas e pega o retão, vai próximo do Correio e volta”, falou Alves.

 
Como há o interesse de aproveitar o Carnaval, o calendário permite apenas que a etapa carioca abra o campeonato da Indy. O Carnaval de 2020 acontece entre os dias 22 e 25 de fevereiro. Levando em conta que o fim de semana seguinte é reservado para o Desfile das Campeãs, a Indy tem a disposição entre os dias 6 a 8 de março.
 
Também segundo apurou o GP, a Shell se interessou pelo projeto, mas a matriz americana entende que, por ser um evento em que a Sunoco é a apoiadora, acham melhor esperar eventualmente até 2021 – quando haverá mudança de motores e eles podem concorrer a ser o combustível oficial.
 
A última vez que a Indy veio ao Brasil foi com as 300 Milhas de São Paulo, em 2013. Havia um acordo de correr em Brasília para abrir a temporada 2015, mas perto da data reservada o Autódromo Nelson Piquet estava descaracterizado e era um grande canteiro de obras, então a prova foi cancelada. A última vez que a categoria esteve no Rio de Janeiro, então no finado Autódromo de Jacarepaguá, foi em 2000. Ainda na época da Cart, Adrián Fernández venceu a corrida.

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