Rabat celebra recuperação em que “pior já passou” e sonha com retorno no GP da Tailândia

Ainda em recuperação após as múltiplas fraturas que sofreu na perna direita em Silverstone, Tito Rabat se disse “muito melhor” e avaliou que já passou pela fase mais difícil da recuperação. O #53 admitiu que sonha em voltar às pistas na Tailândia, mas deixou a decisão final nas mãos dos médicos

Tito Rabat não quer ficar muito tempo longe da MotoGP. Ainda em recuperação após a fratura múltipla que sofreu na perna direita em um acidente em Silverstone, o #53 revelou o desejo de voltar a competir já no GP da Tailândia, agendado para 7 de outubro.
 
No último dia 25 de agosto, já nos minutos finais do TL4 do GP da Grã-Bretanha, Tito sofreu uma queda na Stowe e, quando já se levantava para deixar o ponto do acidente, acabou sendo atingido pela moto de Franco Morbidelli, que caiu pouco depois. O espanhol teve fraturas no fêmur, na tíbia e na fíbula da perna direita, e foi operado ainda na Inglaterra antes de voltar à Espanha para dar sequência ao tratamento.
 
Em entrevista ao site oficial da MotoGP, o campeão de  2014 da Moto2 deu uma atualização sobre sua condição física e afirmou que está “muito melhor”.
Tito Rabat segue o tratamento em Barcelona (Foto: Avintia)
“Posso dormir bem e quase dobro meu joelho 100%. Agora posso começar a suportar peso e posso aguentar cerca de 30% do meu peso”, contou Tito. “Pouco a pouco, agora já passamos pela fase mais difícil e posso começar a fazer exercícios e trabalhar na minha flexibilidade. Já passamos pelo pior e estou ansioso para voltar para a minha moto”, frisou.
 
Questionado sobre o momento do acidente, Rabat contou que aprendeu a importância de deixar o ponto da queda o mais rápido possível. 
 
“Eu me lembro que estava no fim da reta. Estava em sexta marcha e a moto começou a aquaplanar. Eu não podia parar, então eu saltei da moto, rolei e fiquei um momento no chão. Esta foi uma decisão ruim e uma coisa que aprendi: não ficar lá”, relatou o piloto da Avintia. “Felizmente, consegui ver [Álex] Rins, que estava me avisando. Me virei e vi a moto de Morbidelli vindo na minha direção. Eu saltei e a moto atingiu a minha perna, não o meu corpo. A minha perna ficou como uma cobra. O doutor [Ángel] Charte e a equipe médica vieram me ajudar. Eles aliviaram muito a dor”, seguiu.
 
Indagado, então, sobre o retorno às pistas, Tito contou que acha que até poderia correr este fim de semana em Aragão, mas ainda sem estar 100%.
 
“É certo que não vou para Aragão. Acho que, atingindo as metas, poderia ir, mas não 100%”, afirmou. “Eu realmente gostaria de ir para a Tailândia, acho que posso estar lá, mas os médicos têm a palavra final. Eles estão cuidando da minha perna”, reconheceu.
 
Neste fim de semana, aliás, a vaga de Rabat será preenchida por Jordi Torres, que vai debutar na classe rainha do Mundial de Motovelocidade. A GP17 de Tito, porém, fica com Xavier Siméon, com a moto mais defasada do belga nas mãos do #81.
 
Ainda, Rabat fez um balanço daquela que considera sua “melhor temporada” na divisão principal. 
 
“Tem sido a minha melhor temporada. No campeonato, não estamos tão para frente quanto merecemos. Nós tivemos duas corridas em que estávamos indo bem, mas não conseguimos terminar como em Montmeló e na Tchéquia”, lembrou. “Esse ano, com a Ducati, eu tinha altas expectativas. Nos treinos livres e o no Q1, estou perto. Não terminamos nenhuma corrida em posições incríveis, mas estivemos no top-10 algumas vezes”, falou.
 
“Esperamos dar outro passo na próxima temporada. Olhando para o próximo ano, já conversamos e todas as partes têm um acordo, A intenção, tanto do time quanto minha, é continuar”, concluiu.
 
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