Rins aproveita ‘resta 1’ e vence com Honda em Austin. Bagnaia cai e abandona de novo

Pode parecer exagero, mas o GP das Américas da MotoGP, realizado neste domingo (16), em Austin, foi decidido em favor daquele que conseguiu ficar sobre a moto até a bandeirada. E Álex Rins foi quem levou a melhor, dando à Honda uma vitória que não vinha há 539 dias!

Mais que levar a marca da asa dourada ao degrau mais alto do pódio, foi a vitória da satélite LCR, a única Honda a completar a corrida no Circuito das Américas. E o espanhol ainda conseguiu cruzar a linha de chegada com mais de 3s de vantagem para o segundo colocado, Luca Marini, que alcançou o seu primeiro pódio na classe rainha.

Fabio Quartararo voltou a frequentar o top-3, o que não acontecia desde o GP da Malásia do ano passado. Maverick Viñales completou em quarto, seguido de Miguel Oliveira e Marco Bezzecchi. Johann Zarco ficou em sétimo, com Franco Morbidelli e Fabio Di Giannantonio na sequência. Augusto Fernández fechou o top-10.

Dos 20 que largaram, apenas 13 chegaram até o fim das 20 voltas programadas — sendo que a zona de pontuação vai até o 15º —, e não faltaram medalhões pelo meio do caminho: Jorge Martín e Álex Márquez ainda na primeira volta, assim como Aleix Espargaró, Jack Miller e Francesco Bagnaia, que foi ao chão mais uma vez na temporada quando tinha uma liderança até tranquila nas mãos.

Bezzecchi, portanto, mantém a liderança com 64 pontos — agora 11 tentos distante de Bagnaia. Rins saltou para a terceira posição com 47, dois a mais que Viñales.

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A MotoGP volta entre os dias 28 e 30 de abril, com o GP da Espanha, em Jerez de la Frontera. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade.

Saiba como foi o GP das Américas de MotoGP:

O sol persistiu no circuito de Austin para receber a MotoGP. Antes da largada, os termômetros mediam 22°C, com a pista chegando a 43°C. A umidade relativa do ar era de 31%, com o vento soprando a 11 km/h.

A escolha de pneus foi unânime entre as equipes: todos partiram com os mais duros na dianteira e macios na traseira.

Com 20 voltas à frente, as luzes se apagaram e Francesco Bagnaia partiu bem. Álex Rins estava atrás. Luca Mraini, Jack Miller e Fabio Quartararo, que partiu do sétimo lugar, aparecia em quinto. Logo no início, queda dupla: Álex Márquez e Jorge Martín, que vinham bem no fim de semana. Imediatamente, o toque entre os dois passava por investigação da direção de prova, que também acionou bandeira amarela nos dois primeiros setores.

A terceira queda foi de Aleix Espargaró, que se levantou aparentemente bem e tentava voltar à pista. Marini caiu para quinto após ultrapassagens de Miller e Quartararo. No replay, foi possível ver que Martín caiu e levou Álex junto.

Líder do campeonato até então, Marco Bezzecchi era sexto colocado. À frente, Pecco tentava se distanciar: estava a 0s3 de Rins. Espargaró, que até tentou voltar à prova, abandonou.

A 17 voltas para o fim, as primeiras posições eram ocupadas pelos mesmos pilotos: Bagnaia, Rins, Miller, Quartararo, Marini e Bezzecchi. Àquele momento, o #1 reassumia a liderança do Mundial e com 14 tentos de vantagem para o #72.

Rins tentava diminuir a distância. Estava só 0s1 atrás. Uma RC213V x GP23. Jack Miller, que estava em terceiro, caiu sozinho e perdeu a chance de conquistar seu primeiro pódio na temporada. Quartararo, então, assumiu o posto do australiano.

E não demorou para o atual campeão da MotoGP também perder o controle da moto, cair e abandonar, dando de bandeja a liderança para Rins. Mais um erro — segundo seguido — que custa não só a vitória como também a liderança do campeonato para Bagnaia.

A 12 para o fim, Rins, Quartararo, Marini, Bezzecchi e Viñales formavam o top-5. E só 16 motos estavam na pista após tantas quedas e abandonos. Segundo depois, a conta aumentou: Joan Mir foi ao chão e também se retirou da corrida.

As quedas continuaram: Brad Binder também foi ao chão, mas voltou à prova. Takaaki Nakagami foi o próximo a abandonar. Apenas 14 pilotos na pista. Vale lembrar que muitos reclamavam das condições do asfalto ao longo de fim de semana.

Lá na frente, Marini aproveitava para ultrapassar ‘El Diablo’, mas ainda estava 1s7 de Rins. O espanhol da LCR era cerebral para não errar e perder a grande chance em mãos.

A duas voltas para o fim, os pilotos pareciam mais calmos para aproveitarem a situação: afinal, todos ali estavam pontuando. Rins apenas se absteve de possíveis erros para cruzar a linha de chegada primeiro lugar. Primeira vitória da Honda em 539 dias. Marini e Quartararo completam o pódio.

E deu tempo para mais um abandonar: Stefan Bradl, que desperdiçou pontos garantidos. Com isso, apenas 13 motos cruzaram a linha de chegada.

MotoGP 2023, GP das Américas, Austin, Corrida:

1	Á RINS	LCR Honda	41:14s649	20  voltas
2	L MARINI	VR46	+3.498
3	F QUARTARARO	Yamaha	+4.936
4	M VIÑALES	Aprilia	+8.318
5	M OLIVEIRA	RNF APRILIA	+9.986
6	M BEZZECCHI	VR46	+12.049
7	J ZARCO	Pramac Ducati	+12.242
8	F MORBIDELLI	Yamaha	+20.399
9	F DI GIANNANTONIO	Gresini Ducati	+27.981
10	A FERNÁNDEZ	GasGas	+28.217
11	M PIRRO	Ducati	+32.370
12	J FOLGER	GasGas	+1:08.065
13	B BINDER	KTM	+1:23.012
14	S BRADL	Honda	Abandonou
15	T NAKAGAMI	LCR Honda	Abandonou
16	J MIR	Honda	Abandonou
17	F BAGNAIA	Ducati	Abandonou
18	J MILLER	KTM	Abandonou
19	R FERNÁNDEZ	RNF APRILIA	Abandonou
20	Á MÁRQUEZ	Gresini Ducati	Abandonou
21	A ESPARGARÓ	Aprilia	Abandonou
22	J MARTÍN	Pramac Ducati	Abandonou

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