Bagnaia vence disputa com Zarco e fica com vaga da Ducati ao lado de Miller em 2021

A casa de Borgo Panigale anunciou nesta quarta-feira (30) a promoção do jovem italiano para formar parceria com Jack Miller na equipe de fábrica em 2021

Depois de adiar o anúncio para deixar o palco livre para Valentino Rossi, a Ducati confirmou nesta quarta-feira (30) a composição das equipes de fábrica e satélite para a temporada 2021. Como era de se esperar, Francesco Bagnaia venceu a disputa com Johann Zarco e vai substituir Andrea Dovizioso na esquadra de Borgo Panigale.

Inicialmente, a expectativa era pela permanência de Dovizioso no time, mas a relação entre a fábrica de Bolonha e o vice-campeão dos últimos três anos azedou de tal forma que o italiano de Forli comunicou ainda em meados de agosto a decisão de não renovar. Desde então, a disputa pela vaga ficou entre Pecco e Zarco.

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O italiano, que é integrante da Academia de Pilotos VR46, começou a briga em desvantagem, já que quebrou a perna em um acidente em Brno e, além de perder o GP da Tchéquia, ficou de fora também da rodada dupla da Áustria. Com Bagnaia se recuperando em casa, Zarco aproveitou para se destacar, especialmente na etapa tcheca, quando deu à Avintia o primeiro pódio na MotoGP. Depois, porém, o vice-campeão da Moto2 causou um enorme acidente no GP da Áustria e ainda cumpriu punição na Estiria.

De volta à pista, porém, Bagnaia conseguiu a revanche do GP da Andaluzia, quando quebrou perto de conquistar o primeiro pódio da carreira, e estreou no top-3 com um segundo lugar em San Marino. Na corrida seguinte, em Emília-Romanha, Pecco errou nas voltas finais e caiu quando liderava a corrida com folga. Na semana passada, na Catalunha, o italiano conseguiu o sexto lugar depois de largar em 14º.

Na primeira corrida pós-lesão, Pecco Bagnaia conseguiu o primeiro top-3 na MotoGP (Foto: Pramac)

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Assim, a promoção do piloto de 23 anos da Pramac para o time de fábrica já era esperada ― o próprio Zarco reconheceu que o italiano era o merecedor da vaga. Johann, porém, não saiu de mãos abanando. Hoje na Avintia ― onde conta com uma moto defasada ―, o francês também foi promovido dentro da estrutura de Bolonha e vai substituir Pecco no time satélite comandado por Francesco Guidotti.

Ainda, a Ducati também investiu em um novo talento: Jorge Martín. Hoje titular da Red Bull KTM Ajo na Moto2, o espanhol vinha na briga pelo título, mas perdeu duas corridas após contrair Covid-19 e escorregou para a quinta colocação, 71 pontos atrás de Luca Marini, o líder. O piloto, que também já era especulado no time há bastante tempo, será o companheiro de Zarco na Pramac.

Os quatro pilotos correrão com a Desmosedici de fábrica e com as mesmas especificações técnicas.

Baganaia não escondeu a felicidade em realizar o sonho de ser um piloto de fábrica. “Escolhi ser um piloto Ducati até mesmo antes do meu título na Moto2, em 2018, e eles me escolheram antes mesmo que eu soubesse que um dia me tornaria um. Foi uma aposta, pois até aquele momento sempre havia sido um piloto veloz, mas não tinha conquistado nada concreto”, disse.

“Mas a Ducati decidiu acreditar antes de todo mundo. Não sabia como seria, mas neste dia, se olho para trás, faria tudo de novo. Minha estreia na MotoGP não foi fácil, mas na Ducati, nunca me questionaram, me deram todo o apoio e confiança que um estreante precisa e me deixaram acumular experiência em 2019. Os ouvi, confiei neles, juntos aprendemos a nos conhecer e nos entender e agora formamos uma ótima equipe”, continuou.

“Hoje sou a pessoa mais feliz do mundo. Para mim, é um sonho que se torna realidade, ser um piloto oficial da Ducati sempre foi minha ambição, e consegui junto com todos aqueles que sempre acreditaram em mim mesmo quando as coisas não andaram bem. Um obrigado especial a Claudio Domenicalli, Gigi Dall’Igna, Paolo Cuabatti e Davide Tardozzi pela confiança, a Pramac que me recebeu como uma família, e a Academia de Pilotos VR46 que sempre me apoiou durante esses anos, concluiu.

Claudio Domenicalli, diretor-executivo da Ducati, também comemorou o acordo e disse que “é essencial seguir investindo em pesquisa e desenvolvimento, sem medo de inovar e renovar para ter sucesso. É por isso que fico empolgado com a chegada de pilotos jovens e talentosos que nos ajudam a olhar para o futuro com otimismo. Miller e Bagnaia mostraram esse ano que eles podem tirar vantagem do potencial da Desmosedici, eles merecem essa oportunidade. A transição da Pramac para a equipe oficial é prova de uma colaboração eficiente, a qual sou grato.”

“Seguimos focados na temporada atual porque queremos os melhores resultados possíveis com nossos dois pilotos. O Andrea, que nos ajudou nesses oito anos e foi vice três vezes seguidas, e o Danilo, que trabalha pesado para voltar ao pódio. Juntos, faremos de tudo para concluir nossa bela aventura da melhor forma possível”, completou o dirigente.

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