Bola da vez na MotoGP, Mir cresce e vira elemento surpresa na briga pelo título

Na vice-liderança da classificação, o espanhol da Suzuki mostrou grande evolução em seu segundo ano na MotoGP. Com ritmo e regularidade ao seu lado, desponta como um dos grandes nomes na briga pelo caneco

Joan Mir é a grande surpresa da temporada 2020. Tendo um ritmo competitivo e regularidade como grandes marcas, o espanhol se tornou habitué do pódio e já é visto como um dos principais nomes na briga pelo título da MotoGP. E em seu segundo ano na categoria.

A estreia do jovem de Palma de Maiorca na classe rainha do Mundial aconteceu em 2019. Com a Suzuki, teve resultados discretos e conseguiu apenas um top-5 ao longo de todo o ano. Ainda, precisou lidar com uma contusão pulmonar e ficou afastado por duas etapas, o que jogou ainda mais contra sua campanha. Com isso, terminou apenas na 12ª colocação, oito atrás do companheiro Álex Rins.

Mas 2020 chegou e desde a primeira etapa foi notável a grande evolução de Joan. Nas oito provas já disputadas, o piloto é quem mais subiu ao pódio – quatro vezes -, além de ter ficando dentro do top-5 em todas as corridas que cruzou a linha de chegada – abandonou duas.

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Joan Mir é um dos principais pilotos na briga pelo título (Foto: Suzuki)

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E quando se compara com os adversários, as chances de abocanhar o caneco ficam ainda mais perceptíveis. Tem no bolso 89 pontos desde o GP da Áustria, contra 53 de Andrea Dovizioso, 48 de Maverick Viñales e 45 de Fabio Quartararo, atual líder. E no momento, está na vice-liderança – apenas oito tentos o separam da primeira colocação da tabela.

Quando se olha para trás, o talento sempre esteve presente. A carreira de Mir ainda é relativamente curta. Sua estreia aconteceu em 2007, quando se envolveu com a Lorenzo Competición – mas diferente do que se imagina, a relação vem de Chico, pai de Jorge, e não do tricampeão. Portanto, compete nas pistas há apenas 12 anos, mas já com resultados expressivos que o colocam como piloto talentoso.

Até chegar ao Mundial de Motovelocidade, Joan passou por categorias como o Red Bull Rookies Cup, em que ficou por dois anos e conquistou um nono lugar e um vice-campeonato, além do Mundial Júnior de Moto3, em que começou em alta ao vencer quatro das primeiras seis corridas, mas perdeu rendimento e encerrou apenas na quarta colocação.

Joan Mir conseguiu o título da Moto3 em seu segundo ano (Foto: Red Bull Content Pool)

Os passos foram essenciais para chegar à Moto3 em 2016. No ano de debute, três pódios, sendo um deles com vitória, mostrou que o potencial estava ali, e se provou no ano seguinte. Apenas em seu segundo ano no Mundial alinhou prudência e agressividade para conseguir não só o título da menor das classes, mas também o salto para a Moto2 com a Marc VDS.

Na classe intermediária, foram quatro pódios e sete top-5 em 18 corridas para encerrar o campeonato como o sexto melhor piloto. E apenas esses resultados foram necessários para a Suzuki fazer a aposta e fazer o jovem de 23 anos dar o último pulo de sua carreira para a MotoGP.

Portanto, sim, Mir tem todos os ingredientes para uma disputa sólido do título da temporada 2020. Basta apenas olhar para trás e ver o desempenho que teve em momentos chave da carreira e a rápida adaptação em diferentes categorias, sem se deixar dominar pela pressão. E em seis corridas restantes e 150 pontos em jogo, não é nenhum absurdo pensar na capacidade do jovem de 23 anos em conseguir sagrar-se campeão para escrever de uma vez por todas seu nome na história.

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