Chefe da Ducati Corse vê “erro estratégico” de Yamaha e Honda: “Seguiram só um piloto”

Chefe da Ducati Corse, Gigi Dall’Igna considerou que as rivais japonesas erraram ao dar ouvidos apenas ao melhor piloto de cada equipe. Na avaliação da mente por trás das atuais Desmosedici, o talento do melhor piloto mascara os problemas da moto

Chefe da Ducati Corse, a divisão esportiva da marca, Gigi Dall’Igna avaliou que Yamaha e Honda cometeram um “erro estratégico” na MotoGP. Na visão do engenheiro, as japonesas falharam em orientar o desenvolvimento pelos resultados e feedbacks dos pilotos mais rápidos.

A Ducati atualmente conta com oito motos no grid: o dobro da Honda, que tem apenas as duas da equipe oficial e as duas da LCR, e quatro vezes mais que a Yamaha, que só tem Fabio Quartararo e Franco Morbidelli. O esquadrão de Bolonha conta com Francesco Bagnaia e Enea Bastianini no time oficial, Jorge Martín e Johann Zarco na Pramac, Marco Bezzecchi e Luca Marini na VR46, e Álex Márquez e Fabio Di Giannantonio da Gresini.

Gigi Dall’Igna avaliou que talento do melhor piloto mascara falha da moto (Foto: Ducati)

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Hoje força dominante, a Ducati enfrentou uma longa estiagem de vitórias e títulos. Entre 2011e 2015, as marcas japonesas venceram todas as corridas da MotoGP. Ano passado, os italianos levaram a tríplice coroa da classe rainha e já venceu 11 das 14 corridas disputadas neste ano — contando as sprint. A KTM conseguiu dois triunfos, enquanto a Honda venceu o GP das Américas com Álex Rins.

No Mundial de Construtores, a Ducati lidera com 248 pontos, 113 a mais do que a KTM. A Honda ocupa o quarto posto, 167 tentos atrás. A Yamaha é a lanterna, com só 68 pontos.

“O erro estratégico deles foi seguir apenas um piloto, basear o desenvolvimento da moto deles nos resultados e no feedback do piloto líder de cada marca”, disse Dall’Igna ao jornal italiano La Stampa. “Normalmente, o que o piloto top, o campeão, te diz não é verdade, pois o talento dele mascara os problemas da moto”, indicou.

“Paradoxalmente, para desenvolver bem um projeto, você tem de ouvir todas as vozes, todos os pilotos”, encerrou.

MotoGP volta às pistas já no próximo final de semana, de 23 a 25 de junho em Assen, para a disputa do GP da Holanda. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial e Motovelocidade 2023.

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