Ducati consegue raro desempenho em Jerez e se permite sonhar com título em 2021

Com a dobradinha no GP da Espanha, a Ducati conseguiu apenas a segunda vitória em Jerez desde 2003. O bom rendimento em uma pista que raramente oferece resultados positivos faz a montadora italiana cogitar um ano mais consistente na MotoGP

Jack Miller celebrou a vitória com os integrantes da Ducati (Vídeo: MotoGP

O GP da Espanha de 2021 serviu não apenas para reviver Jack Miller na briga pelo campeonato da MotoGP em 2021, mas também para colocar a Ducati nos eixos. Depois da pré-temporada, a montadora italiana aparecia como favorita, mas tropeçou muito nas primeiras etapas, ainda que tenha conseguido pódios com Francesco Bagnaia. Em Jerez, porém, foi uma virada na má fase.

Com uma rara dobradinha da Ducati, Miller venceu e Bagnaia ficou em segundo. Além desse fato pouco comum, outra coisa que chamou a atenção foi o rendimento obtido em Jerez, uma pista que normalmente não favorece a moto da equipe. Tanto que essa foi apenas a segunda vitória dos italianos no circuito, sendo que a primeira foi em 2006, com Loris Capirossi.

É bem verdade que a Ducati costumava beliscar alguns pódios em Jerez. Fez isso em 2020, inclusive, quando Andrea Dovizioso conseguiu a terceira colocação na etapa que abriu a temporada. Mesmo assim, os resultados só apareciam com alguns brilhos ocasionais ou por situações pouco comuns, como o bom desempenho de Valentino Rossi em 2011 na pista molhada.

Jack Miller venceu pela primeira vez na Ducati e em 2021 (Foto: Divulgação/MotoGP)

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A pista espanhola não favorece muito as características da Desmosedici GP21, uma moto que possui motor muito potente. Em Jerez, as retas são curtas, mas o circuito também possui diversas curvas de alta velocidade. Fortes frenagens se resumem a poucas, como a que antecede a reta principal.

Com isso, é difícil a Ducati render bem como faz em outros circuitos. Se comparamos com as primeiras etapas do ano, Jerez é um circuito totalmente diferente. Em Losail, palco da rodada dupla de GPs do Catar e de Doha, a reta principal é enorme, uma das maiores do calendário. Isso faz que a potência da moto consiga se sobressair contra as adversárias. Mesmo assim, viu duas vitórias da Yamaha.

Em Portimão, as subidas e descidas ajudam, principalmente com a ótima aceleração da Ducati. Além disso, a reta principal também é grande e faz a moto carregar na potência. Apesar do pódio de Bagnaia, a conquista foi novamente da Yamaha, com Fabio Quartararo. Por isso, vencer em Jerez foi fundamental para os italianos.

Conseguir um bom rendimento e fazer dobradinha em uma pista que nunca favoreceu, dá uma injeção de ânimo na Ducati. Mostra que a montadora italiana pode acreditar em título se mantiver o bom desempenho em diferentes pistas do calendário. Se Jack Miller e Francesco Bagnaia não cometerem erros tolos, a conquista que não chega desde 2007 pode pintar na fábrica de Borgo Panigale.

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