Gresini se separa da Aprilia e volta a ser equipe independente na MotoGP em 2022
A equipe de Fausto Gresini dá abrigo para a fábrica de Noale desde 2015, mas a separação já era dada como certa há algum tempo
A Gresini voltará a ser uma equipe independente na temporada 2022 da MotoGP. Parceira da Aprilia desde 2015, a estrutura de Fausto Gresini confirmou a esperada separação nesta segunda-feira (14) ao anunciar a assinatura de um acordo de cinco anos com a Dorna, promotora do Mundial de Motovelocidade.
O casamento entre Aprilia e Gresini na MotoGP era apenas uma conveniência. A casa de Noale assinou a cooperação com os italianos para não precisar montar uma estrutura a partir do zero na classe rainha e, ao longo de todo o período, foi creditada como estrutura independente, ao invés de um esforço de fábrica como Honda, Yamaha, Ducati, Suzuki e KTM.
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“Como uma agradável confirmação para uma instituição tão sólida quanto histórica dentro da MotoGP, a partir de 2022 a Gresini Racing será novamente uma equipe independente na classe rainha”, disse a equipe em um comunicado. “O time liderado por Fausto Gresini, que já está presente em todas as categorias do Mundial de Motovelocidade, está de volta ao seu habitual lugar e vai contar apenas com seu próprio apoio. Um acordo de cinco anos foi assinado entre a Gresini Racing e a IRTA (Associação Internacional das Equipes de corrida) ― 2022-2026 ―, mais uma prova do comprometimento da equipe baseada em Faenza”, seguiu.
Dono do time, o ex-piloto Fausto Gresini destacou que não vai mais representar a Aprilia, mas não confirmou o equipamento que será utilizado a partir de 2022.
“Estamos felizes em anunciar esse acordo com a IRTA, que nos verá na MotoGP por cinco anos começando por 2022. Não estaremos mais representando a Aprilia como equipe de fábrica mais, então vamos continuar como equipe independente, com a mesma vontade e comprometimento”, assegurou Fausto. “Temos muito trabalho a fazer e muitas coisas para definir e comunicar. Obviamente, já estamos trabalhando neste enorme projeto e vamos revelar os detalhes pouco a pouco. Fique de olho”, completou.
Com a separação, a expectativa é de que aumente de 11 para 12 o número de equipes no grid da MotoGP, já que a Aprilia deve continuar com um esforço próprio. Esta, contudo, não deve ser a única mudança, já que a probabilidade é que a VR46 assuma definitivamente o lugar da Avintia no grid.
No próximo ano, o time de Valentino Rossi já estará presente na classe rainha, com Luca Marini, mas por meio de uma aliança com o time de Andorra e a Ducati.
Em termos de equipamento, o divórcio não significa que Gresini não terá motos Aprilia em 2022, já que a equipe pode se converter em estrutura satélite. Existe, porém, outras possibilidades, como a Suzuki, por exemplo. Davide Brivio não esconde o desejo de ter uma estrutura cliente, mas até agora a fábrica de Hamamatsu não tirou o projeto do papel.
Nos últimos meses, surgiram rumores de que a própria VR46 poderia contar com as GSX-RR a partir de 2022. A outra possibilidade é que a SRT deixe de ser satélite Yamaha para correr com a Suzuki, enquanto a casa de Iwata mantém os laços com Rossi, equipamento o time do multicampeão.
Com o anúncio desta segunda-feira, a Gresini é a segunda a assinar com a IRTA para garantir a presença na MotoGP até 2026. Antes, apenas a KTM tinha fechado um novo acordo de participação.
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