Honda deixa Rins sem novo chassi Kalex na Itália: “Vou dar o máximo com o que tenho”

Álex Rins contou que esperava encontrar o novo chassi nos boxes da LCR quando chegou em Mugello, mas não recebeu a atualização da Honda

A Honda optou por deixar Álex Rins sem o chassi Kalex na RC213V. Apesar de ser contratado direto pela HRC e de ter vencido uma corrida em 2023 — o GP das Américas —, o #42 explicou que deve fazer os GPs de Itália, Alemanha e Holanda sem grandes atualizações.

Tentando reencontrar competitividade, a Honda encomendou à alemã Kalex um chassi para a RC213V. A peça foi incorporada ao time de fábrica em Jerez, mas, até agora, o ex-Suzuki ainda não teve chance de experimentá-la.

Álex Rins deu à Honda a única vitória de 2023 até aqui (Foto: LCR)

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“O que posso dizer é que temos a moto que temos e precisamos dar o máximo com essa configuração”, disse Rins. “Vocês precisam perguntar para a Honda se eles vão me dar ou não o chassi Kalex”, seguiu.

O espanhol contou que, na França, tinha sido informado de que teria a chance de provar a nova peça, mas, depois, mudaram a informação.

“Tivemos uma reunião com Lucio [Cecchinello, dono da LCR] e Alberto [Puig, chefe da Honda], em Le Mans, para ver quando iriam trazê-lo, quando me deixariam prová-lo e quais eram as intenções da Honda”, relatou. “E Alberto disse, a principio, que talvez no sábado, mas depois disse que não teria a chance de prová-lo lá e que logo teria. Hoje, quando cheguei, perguntei para a minha equipe: ‘Temos o chassi Kalex para testar?’. E eles me disseram: ‘Não, não, aqui não estará’. Então acabou aí a coisa”, continuou.

“Vou seguir insistindo, seguir perguntando… É simples: é sim ou não. Não? Então vou seguir dando o máximo com o que tenho, buscar um bom equilíbrio para este circuito, o que não é fácil, e veremos o que somos capazes de fazer”, comentou.

Apesar da fala calma, Rins garantiu que não está conformado com a decisão da Honda.

“Claro que eu quero [o chassi], mas, no fim, não é uma questão de se irritar ou não. Nestes últimos GPs, quatro ou cinco semanas atrás, vivi em estresse muito grande em nível físico e mental. No fim, você está lutando, vê que tem potencial, que pode dar muito mais na pista, mas se vê limitado, pois vê que não melhora, que é lento”, relatou. “Foi duro, mas, no final, é o que temos. Não podemos focar num único fato”, defendeu.

O espanhol reconheceu, também, que saiu de Le Mans com a esperança de provar o novo chassi em Mugello, algo que não aconteceu.

“Depois da França, na minha cabeça era um fato que tínhamos três semanas pela frente e eu achava que chegaria em Mugello. Mas não chegou e não me deram a possibilidade”, declarou. “Não falei com a Honda e nem com Lucio. Tive uma reunião com meu técnico e foi isso. Ele me disse que não e não vou ficar rodando nisso. A princípio, ele me disse: ‘Não até novo aviso’. ‘Você está de castigo até novo aviso’. Não, estou brincando. Querem que eu faça estas três corridas com a moto que eu tenho. Foi o que me disseram”, completou.

O segundo treino da MotoGP para o GP da Itália acontece às 10h (de Brasília)GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2023.

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