Mir diz que ainda “espera explicação” da Suzuki e vê Honda “fora do seu estilo de pilotagem”

Enquanto estuda as opções que restam para continuar no grid da MotoGP em 2023, Joan Mir disse que segue à espera de um posicionamento da Suzuki sobre a saída da categoria além do enviado à imprensa

O anúncio da saída da Suzuki ao final da temporada 2022 da MotoGP pegou todos de surpresa, inclusive a dupla de pilotos, Álex Rins e Joan Mir. O campeão de 2020, inclusive, disse que espera até hoje por uma explicação da fábrica japonesa, revelando que o único posicionamento recebido até o momento foi o comunicado oficial emitido à imprensa.

A Suzuki oficializou a saída da MotoGP em 12 de maio, alegando problemas decorrentes da crise financeira. Mir, que já havia dito que ia seguir com a equipe de fábrica em 2023, agora estuda quais são as opções possíveis, mas admitiu que o cenário de incerteza não é algo fácil de se lidar.

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Joan Mir segue sem destino após anúncio da saída da Suzuki da MotoGP ao final do ano (Foto: Suzuki)

“É uma situação difícil. Disse isso desde o primeiro momento, continua sendo e será até a última corrida, essa incerteza das pessoas de não saberem para onde vão”, declarou Mir. “Não recebemos nenhuma explicação da Suzuki, somente a declaração que todos leram. Ainda estou à espera de uma explicação”, frisou o espanhol.

Antes dos treinos livres desta sexta-feira (17), na Alemanha, o ainda piloto da Suzuki tentou se esquivar de todas as formas das perguntas relacionadas ao seu futuro. O companheiro de equipe, Rins, por exemplo, revelou recentemente que foi sondado pela KTM antes de o time austríaco anunciar a contratação de Jack Miller. A Ducati foi outra que também manifestou interesse.

Mir, por sua vez, disse que “tudo sobre o seu futuro está do mesmo jeito que na última corrida, e na anterior” e que essa não é uma decisão que será tomada rapidamente, em “duas ou três corridas”. “A carreira do piloto é analisada, acredito eu. Claro que conseguir bons resultados nas últimas corridas sempre ajuda, mas o que mais é levado em conta é a trajetória, mais do que se houve problemas nas últimas etapas”, avaliou.

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O selo de campeão do mundo é um atrativo, na opinião de Mir, e ele acredita que é o mesmo piloto de quando venceu a MotoGP, em 2020, por mais que tenha enfrentado alguns problemas com a Suzuki nas últimas corridas. “Agora passo por essa situação, de terminar entre o quarto e o sexto lugar, mas sei que não é a minha posição real [em termos de desempenho] e acho que ninguém pensa assim.”

“Conheço as minhas virtudes como piloto e a forma como gosto de guiar a moto. Meu primeiro ano na Suzuki foi difícil porque não casava com o meu estilo, mas depois melhorou, adaptei-me à moto, e as coisas correram bem. Isso me ensinou que, mesmo que a moto não se adapte ao seu estilo, você pode ser rápido com ela. Acho que, com um bom trabalho, podemos ser rápidos com outras motos também”, continuou.

Sobre o futuro, Mir foi questionado sobre a possibilidade de correr pela Honda, mas acredita que teria mais trabalho para se adaptar à moto japonesa, considerando o seu tipo de pilotagem. “Com motor V4? Não sei, não sei… vamos ver”, desconversou.

“Não sei qual moto se adapta melhor ao meu estilo, mas Honda… não, a Honda Não. Yamaha e Suzuki nunca foram do meu estilo, mas quando cheguei na MotoGP, achei que não ia dar certo com esse tipo de moto, e tenho ido bem”, concluiu Mir.

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