Mir se irrita com Honda por falta de novidades em teste de Barcelona: “Esperava mais”

2025 não começou bem para Joan Mir. No primeiro teste da MotoGP focado na próxima temporada, o campeão de 2020 já se irritou com a Honda e criticou a montadora japonesa pela falta de novidades para avaliar no que classificou como um “teste tão importante”.

Lanterna no Mundial de Construtores de 2024, a Honda fechou o ano com 75 pontos, 647 a menos do que a campeã Ducati e 49 atrás da Yamaha, a rival mais próxima.

Apesar do momento de crise, a Honda não levou atualizações para a RC213V para o teste pós-temporada, onde as fábricas costumam debutar uma primeira versão da moto do ano seguinte. A Yamaha, por exemplo, levou novos chassi e motor.

“A realidade é que eu não tinha muitas coisas para testar, já tinha testado tudo antes, então foi isso que aconteceu hoje”, disse Mir. “Esperava mais de um teste tão importante quanto este, o de fim de temporada. Não há muito mais… Como posso não estar bravo?”, questionou.

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Mir reconheceu que todos querem sair da situação em que a Honda se encontra, mas frisou que a montadora precisa fazer mais. O espanhol avaliou que o único alento é ter um teste privado agendado para a próxima semana.

“Existem momentos determinados para as coisas chegarem, mas aqui elas não chegaram, por A ou B. Graças a Deus nós temos um teste na próxima semana, mas está claro que eu não estou feliz, não é algo para se ficar feliz”, disparou. “Estamos todos nesse barco, todos nós queremos sair dessa situação. É óbvio e eu sei disso, mas, claro, se você não tem nada para esse teste, não sei o que esperar para o teste da próxima semana. Ainda estamos na mesma situação, longe, e vamos ver se podemos chegar um pouco mais perto na próxima semana”, completou.

Após sete horas de teste em Barcelona, Mir fechou a terça-feira com o 15º tempo, 1s267 atrás de Álex Márquez, que liderou as atividades. A melhor Honda foi a de Johann Zarco, que acabou em décimo, a 0s8 do líder.

Mesmo decepcionado com o teste, Joan frisou que é importante manter a confiança na fábrica da asa dourada, já que tem contrato com a fábrica até a temporada 2026.

“Estava esperando por algo mais para melhorar o projeto. Não é um bom momento para fazer um balanço, fiz 70 voltas comm coisas que testei pelo menos duas vezes. Acho que todo mundo na equipe também esperava mais. Era necessário trazer uma nova moto para cá e começar a ver a luz”, defendeu. “Pequenas coisas foram chegando durante o ano, pois o trabalho foi acontecendo, e talvez tenha atrasado por causa disso, mas esperávamos mais”, sublinhou.

“As coisas não estão acontecendo. Você precisa acreditar, pois tem de estar aqui por mais dois anos”, encerrou.

A MotoGP volta a acelerar entre 5 e 7 de fevereiro de 2025 para os primeiros testes de pré-temporada, em Sepang, na Malásia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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