Martín tira atraso de lesão e ratifica adaptação rápida com vitória no GP da Estíria
Depois de conquistar a primeira pole e o primeiro pódio na MotoGP apenas na segunda corrida da carreira, o espanhol de Madri aproveitou a sexta aparição na classe rainha do Mundial de Motovelocidade para dar à Pramac o primeiro triunfo
Jorge Martín encaixou como uma luva na MotoGP. Depois de estrear na pole e no pódio apenas na segunda corrida da carreira ― o GP de Doha ―, o espanhol de Madri aproveitou o retorno das férias para debutar no rol dos vencedores da classe rainha do Mundial de Motovelocidade.
A vitória no GP da Estíria chega na sexta corrida da carreira, mas é válido o questionamento: será que o piloto de 23 anos teria subido antes ao topo do pódio não fosse a lesão que o tirou de combate por quatro GPs?
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Fosse a sexta ou a décima disputa na classe rainha, o fato é que Martín já se provou um acerto da Ducati. A casa de Bolonha o escolheu no ano passado, de cara oferecendo uma moto de fábrica, e antes de acertar com outros jovens como Enea Bastianini e Luca Marini.
Agora, Martín deu aos italianos a primeira vitória de uma equipe satélite da Ducati e, também, o primeiro triunfo da própria Pramac.
“É mais um passo no meu grande sonho de ganhar um dia o Mundial de MotoGP e é incrível ter vencido uma corrida tão cedo”, declarou Jorge.
O companheiro de Johann Zarco contou, porém, que não esperava a vitória neste fim de semana, apesar de ter cravado a segunda pole da temporada.
“Na minha cabeça, esta não era uma possibilidade real. Eu tampouco esperava o pódio que eu consegui no Catar”, contou. “Desta vez, eu achava que podia chegar entre os três primeiros, mas não esperava ganhar de maneira nenhuma”, seguiu.
“No final, foi uma corrida no seco e isso me deu mais opções. No molhado, teria sido muito complicado para mim”, ponderou.
Jorge relatou que começou bem na corrida, mas admitiu que se sentiu beneficiado pela bandeira vermelha causada pelo acidente entre Dani Pedrosa e Lorenzo Savadori. Apesar de ter dado sorte com a troca de pneus, o piloto de 23 anos teve de resistir a pressão de Joan Mir, que ficou em terceiro.
“Eu estava cômodo na primeira largada, mas, por sorte, conseguimos largar com pneus novos na segunda e eu me senti ainda melhor, pois o pneu dianteiro não me passava muito confiança. Consegui assumir a liderança e avançar”, comentou. “Joan fez uma grande corrida e foi o único que acompanhou o meu ritmo”, frisou.
Apesar de conquistar a primeira vitória, Jorge não apareceu eufórico, mas justificou que ainda não acredita no que tinha alcançado.
“É que eu ainda não acredito, ainda não me deu tempo de me emocionar. Vamos ver nos próximos dias”, declarou.
Apesar da pouca idade, Martín ressaltou que aprendeu muito nos últimos anos, tanto com o título da Moto3 quanto com as lesões que sofreu.
“Sou jovem, mas em pouco tempo ganhei corridas de todos os tipos e um campeonato. E as lesões me ajudaram muito a aprender a me controlar, tanto em termos físicos como com os pneus na corrida”, relatou. “No final, não tinha força, mas a vantagem de 2s que consegui na última parte da corrida me caiu muito bem. Quando forcei para escapar, levei um par de sustos, mas consegui controlar bem nas últimas voltas”, completou.
Martín é mais um fruto da Red Bull Rookies Cup, uma importante categoria de base que tem cumprido muito bem o papel de alimentar as classes menores do Mundial. O triunfo deste domingo é reflexo da qualidade das classes menores, que estão preparando tão bem os pilotos que a adaptação à MotoGP é quase que imediata. Fabio Quartararo e Brad Binder mostraram isso. E agora Jorge Martín também.
A MotoGP volta a acelerar no próximo domingo (15), com o GP da Áustria, novamente no Red Bull Ring. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2021.
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