Martín volta das férias em forma e reinicia caçada à liderança da MotoGP com pé direito

Jorge Martín não fechou a primeira parte da temporada com o pé direito, mas voltou das férias disposto a recolocar o campeonato nos trilhos. Vice-líder do Mundial de Pilotos, o #89 liderou os dois treinos de sexta-feira (2), mas fechou o primeiro dia de atividades para o GP da Grã-Bretanha com só 0s045 de margem para Aleix Espargaró.

Na atividade da manhã, que abriu a segunda metade do campeonato, Martín registrou 1min59s383, 0s090 mais rápido do que Maverick Viñales. De tarde, na sessão de treinos mais importante do fim de semana, já que é quando os pilotos são divididos entre Q1 e Q2, o espanhol melhorou para 1min57s911, baixando mais de 1s4, mas a concorrência também ficou mais próxima. Os dez mais rápidos ficaram cobertos por só 0s674.

No caso de Martín, era mais do que importante voltou à ativa com força. No GP da Alemanha, última etapa antes das férias, o #89 quanto enquanto liderava a corrida e, assim, perdeu a liderança do campeonato. Além disso, o momento foi o mais inoportuno, já que além de estar de mudança para a Aprilia em 2025, também tem a Pramac em processo de divórcio com a Ducati. Jorge já admitiu que sente a equipe mais sozinha do que antes.

Em um cenário como este, Martín precisa responder de imediato e, mesmo que não consiga tomar a liderança de Pecco já em Silverstone, é vital manter contato mais do que próximo com o líder. Afinal, mais do que a briga em si, Jorge pode ter de lidar com uma nova postura da Ducati. Ainda que assegure que vai manter o apoio até o final da temporada, a casa de Bolonha pode ter de mudar de postura para evitar a transferência de informações vitais para rival, já que o time de Paolo Campinotti será satélite da Yamaha a partir do próximo ano.

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“Me dá muita confiança voltar assim. Se havia alguma dúvida depois de Sachsenring, tirei”, disse Martín. “Sendo sincero, me custou voltar. Estava muito bem de férias, como estava, e não estava muito ansioso, mas era claro que teria de voltar em algum momento. E a melhor forma, é assim. Aqui em Silverstone, em uma pista que eu gosto, consegui ser rápido”, destacou.

“Estou muito bem, cômodo, e não precisei tocar muito na moto. Pude manter o mesmo acerto durante todo o dia e isso ajuda a ganhar confiança e a ser mais e mais rápido. Tinha muitos testes para fazer, mas, no fim, decidi não mudar muito. Tem alguma peça nova que nós temos de testar e preferi deixá-la de lado. Quero trabalhar com a minha moto. Foi um dia quieto, mas tinham coisas novas”, comentou. “Temos uma peça a provar, pois achamos que isso era algo que provocava quedas. Então voltamos um pouco à base. Tinha dúvidas se seria rápido e, no fim, me vi ainda melhor. Claro que tem algum ponto negativo, mas me senti muito bem”, sublinhou.

O espanhol destacou, também, que se sente confortável em Silverstone em termos de ritmo de corrida.

“Em termos de ritmo de corrida, me senti bem confortável. Com um pneu de 15 voltas, pude alcançar 58s8, que acho que é um bom tempo. Foi também um bom dia, com boas temperaturas. Gosto muito da aderência que tenho. No geral, está muito boa. Talvez a entrada de curva seja onde sofro mais, mas a freada vai bem e a tração é muito boa”, exaltou.

Líder do campeonato, Bagnaia fechou o dia na terceira colocação, só 0s119 mais lento do que o ponteiro. Bom destacar, aliás, que o #1 tradicionalmente não mostra força na sexta-feira, mas cresce no restante do fim de semana.

“Correu tudo bem, mesmo que eu não esteja 100% satisfeito, porque temos muito trabalho a fazer”, comentou. “A moto tende a ficar muito nervosa e a criar alguns problemas para mim, mas já demos um grande passo em relação a manhã e daremos outro amanhã. Não estamos longe, pois estamos todos lá”, seguiu.

“O Martín está um pouco mais rápido no momento e está o setor 3 muito bem, mas já sei o motivo: ele mantém alguma margem na entrada para fazer tudo mais rápido, enquanto eu estou me enforcando um pouco demais. Estou satisfeito com o dia, mas temos trabalho a fazer”, frisou.

Peccoo avaliou, ainda, a performance da concorrência e admitiu que esperava ver Marc Márquez mais rápido. O piloto da Gresini, que cai no treino da manhã, fechou o dia em décimo.

“Pensei que Márquez seria um pouco mais rápido, mas nesta pista ele sempre sofreu um pouco. Eu esperava uma Aprilia bem veloz, mas nós já estamos ali, ainda que eles normalmente sejam mais rápidos aqui na corrida”, ponderou. “Martín, por sua vez, mostrou o que eu esperava, mas nós estamos próximos. No momento, ele é um pouco mais rápido, mas foi a minha melhor sexta-feira em Silverstone, pois aqui eu sempre sofri no primeiro dia. Por isso, estou satisfeito, mas temos de cortar a diferença, especialmente no terceiro setor”, encerrou.

A MotoGP volta ao circuito de Silverstone neste sábado, às 6h10 (de Brasília), para o segundo treino livre do GP da Grã-Bretanha, 10ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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