KTM foge do padrão e acerta ao oferecer contrato duradouro para Binder na MotoGP

Brad Binder e KTM renovaram a parceria até o fim da temporada 2014. Juntos desde a Moto3, os dois lados podem estreitar ainda mais os laços e até mesmo sonhar com evoluções dentro da MotoGP, talvez até com outro título no Mundial de Motovelocidade

Fabio Quartararo livrou-se do protetor durante a corrida (Vídeo: Reprodução/FOX Sports)

Durante a última semana, às vésperas do GP da Catalunha, a KTM anunciou a renovação do cotnrato de Brad Binder por mais três temporadas, até o fim de 2024. O movimento surpreendeu pelo tamanho do acordo, maior do que muitas vezes foi visto na MotoGP nos últimos tempos.

Juntos desde 2012, KTM e Binder fazem uma parceria que já rendeu título na Moto3 em 2016 e vice-campeonato na Moto2 em 2019. Na classe rainha, uma vitória logo no ano de estreia fez o sul-africano despontar como uma das grandes promessas do Mundial e se colocar como um nome para se consolidar entre os grandes. O acordo longo prova esse ponto.

O sul-africano chegou à MotoGP no ano passado, na equipe de fábrica da KTM, e conseguiu logo de cara uma vitória no GP da Tchéquia, terceira etapa do calendário. Apesar de não ter conquistado outro pódio na classe rainha do Mundial de Motovelocidade, fechou o campeonato em 11º, com 87 pontos. Atualmente, após seis etapas em 2021, fez 43 pontos e ocupa a 9ª colocação.

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Brad Binder vai ficar na KTM até 2024 (Foto: KTM)

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A KTM também vai no sentido oposto do que as equipes estão fazendo. Enquanto a maioria das equipes aposta em contratos curtos, de uma só temporada. É o caso de Jack Miller, na Ducati, por exemplo. Johann Zarco e Jorge Martín também tiveram renovação só até o fim de 2022 na Pramac. Esse esquema parece criar uma sensação de rotatividade intensa na MotoGP, o que pode, de fato, acontecer dentro das montadoras.

Ainda que tenha menos vitórias que o companheiro Miguel Oliveira, vencedor na Catalunha no último fim de semana, Binder mostrou-se um bom competidor e conseguiu tirar bom desempenho da KTM mesmo quando a moto RC16 não estava boa, em Doha e Portugal. Em um campeonato equilibrado, manter um bom piloto é sempre promissor e cria uma expectativa de que a parceria pode alçar voos mais altos.

O acordo de Binder na KTM é importante para o sul-africano. Para 2022, a montadora austríaca já subiu Remy Gardner, líder da Moto2, para a Tech3. Raúl Fernández, vice da classe intermediária, é outro que deve subir em breve, criando ainda mais competitividade na MotoGP.

Enquanto isso, o acordo longo de Binder mostra que é possível se manter na MotoGP por mais tempo e ter um desenvolvimento maior, com uma equipe de confiança ao lado. Miguel Oliveira, o companheiro, deve seguir o mesmo caminho. Desde que chegou à categoria, aliás, a KTM preza por contratos duradouros — Pol Espargaró, por exemplo, ficou quatro anos — e Brad ter o mesmo destino.

Bom para sul-africano, bom para a KTM. Um acordo em que todos ganham e que outras equipes da MotoGP não tiveram coragem de arriscar.

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