Liberty Media vê 22 etapas como “ideal” para MotoGP e estuda retorno à Argentina

Liberty Media e Dorna se reuniram com investidores e discutiram diversos assuntos, inclusive o calendário da MotoGP. Dirigentes pontuaram o limite de etapas e ainda analisaram um possível retorno da pista de Termas de Río Hondo no futuro

A semana do esporte a motor começou com uma bomba. Nesta segunda-feira (1º), o Liberty Media concretizou um meganegócio e anunciou a compra de 86% da MotoGP, por meio da Dorna.  O acordo une os dois principais campeonatos de carros e motos do mundo. Depois da notícia divulgada, as duas partes realizaram uma conferência para discutir assuntos pendentes, inclusive sobre a parte competitiva do acordo, e o calendário da classe rainha do Mundial de Motovelocidade foi mencionado.

O Liberty Media venceu uma oferta rival da TKO, empresa proprietária do UFC e da WWE. O Qatar Sports Investments, dono do Paris-Saint Germain, também manteve conversas com a Bridgepoint, empresa de investimentos acionista da Dorna, organização que administra o Mundial de Motovelocidade.

Durante a reunião, o Liberty Media discutiu o número de provas disputadas pelo Mundial de Motovelocidade, atualmente com 21 etapas — a 22ª seria na Argentina, mas acabou cancelada por problemas financeiros. Mesmo com esse problema, segue o maior calendário da história e que é ainda mais desgastante na MotoGP, que possui corridas sprint em todos os eventos.

“Acreditamos que 22 [corridas] é o número ideal”, destacou Greg Maffei, CEO do Liberty Media, durante a conferência.

Termas de Río Hondo não vai receber a MotoGP em 2024 (Foto: LCR)

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A Argentina, por sinal, foi assunto entre os dirigentes. Carmelo Ezpeleta, cofundador da Dorna, afirmou que a MotoGP está “ansioso” para retornar a Termas de Río Hondo no próximo ano. Palco da categoria na América do Sul desde 2014, a pista só deixou de receber provas durante a pandemia — quando também sofreu com um incêndio na área de boxes. Agora, porém, foi a falta de investimento do novo governo federal que rendeu a perda da corrida de motos.

A prova na Argentina estava prevista para os dias 5 a 7 de abril, ou terceira etapa do calendário, mas sofreu com os impactos imediatos da gestão do presidente Javier Milei, empossado em dezembro passado. O novo mandatário do país cortou diversos financiamentos governamentais, inclusive em eventos esportivos, reduziu o número de ministérios e também de funcionários públicos.

Outro fato curioso na reunião foi a insistência dos dirigentes para descartar qualquer tipo de pista de rua na MotoGP. “Este é um produto incrível, não planejamos mudar o esporte”, pontuou Maffei.

A Corporação Liberty Media opera ou participa de uma ampla gama de negócios de mídia, comunicações e entretenimento, com os negócios distribuídos em três grupos: Liberty SiriusXMFórmula 1; e Liberty Live.

Sob o guarda-chuva da Dorna estão não apenas MotoGP e Mundial de Superbike, mas também MotoEMundial Júnior, as Talent Cup Ásia, Britânica e do Norte, o World Series de MiniGP, a Red Bull Rookies Cup e o Mundial Feminino de Motociclismo.

MotoGP volta à pista entre os dias 12 e 14 de abril, para o GP das Américas, em Austin, terceira etapa do campeonato de 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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