Marc Márquez pede equilíbrio com tecnologia e diz: “Piloto deve fazer a diferença”

Marc Márquez quer ver mais ultrapassagens na pista e, por isso, apontou que é necessário equilíbrio entre a tecnologia e a individualidade de cada piloto

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Talvez, uma das maiores riquezas do esporte a motor seja a briga por posição, que transforma a luta por ultrapassagens — e as manobras inclusas nisso — muito mais interessante. Só que para Marc Márquez há um risco destas batalhas não existirem mais. Isso porque, embora as asas, por exemplo, ajudem nas tentativas, a turbulência ainda mantém o piloto longe de seu adversário à frente.

Para o hexacampeão da classe rainha, é uma questão de pesar a balança. É verdade que as fábricas trabalham para entregar cada vez mais performance às motos, mas vale anular as disputas entre os competidores? O #93 respondeu.

“Se continuarmos por esse caminho, as motos serão mais rápidas, mas as pessoas, assistindo à corrida de suas casas, não perceberão se formos um segundo e meio ou dois mais rápido. Prefiro ver um espetáculo como o que vimos em Estoril, com o Mundial de Superbike”, disse, referindo-se à disputa entre Álvaro Baustista e Jonathan Rea no fim de semana passada.

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Marc Márquez quer ver mais disputas na MotoGP (Foto: Repsol)

“É preciso chegar a um equilíbrio, mesmo sabendo o quão difícil pode ser. Para mim, o ‘holeshot’ traseiro não deveria existir [o dispositivo que ajusta a altura das motos e que será banido em 2023], mas não sou eu quem pode tomar essa decisão”, acrescentou.

Márquez entende, no entanto, que as equipes querem manter seus pontos fortes. Mas ele também ressalta que, diferente da Fórmula 1, seria mais interessante se os pilotos fossem o diferencial, não a moto.

“Acredito que o piloto sempre tem de fazer a diferença, mas na direção que estamos indo, corremos o risco de que muito em breve a realidade seja bem diferente. Gosto de corridas em grupo, com muitas ultrapassagens. Talvez seja melhor ir um pouco mais ‘devagar’, mas ver mais ultrapassagens”, explicou Marc.

“Cabe ao Mundial e aos fabricantes entender em que direção queremos ir: se queremos motos que tenham cada vez mais performance ou se queremos contribuir para o show”, encerrou.

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