Viñales alcança feito histórico fora da estatística com triunfo na sprint em Portugal

A vitória na corrida sprint do GP de Portugal foi a primeira de Maverick Viñales com a Aprilia. Como se trata da corrida curta, a disputa em Portimão não entra na estatística oficial, mas fato é fato: o ‘Top Gun’ venceu na MotoGP por três marcas diferentes

Pode até não contar para a estatística oficial, mas um fato é um fato: Maverick Viñales venceu por três marcas diferentes na MotoGP. Ao subir no topo do pódio da corrida curta do GP de Portugal deste sábado (23), o ‘Top Gun’ alcançou o primeiro triunfo com a Aprilia, depois de já ter vencido também por Suzuki e Yamaha.

Ao longo da história, foram pouquíssimos os pilotos que conseguiram vencer por três construtores diferentes na classe rainha do Mundial de Motovelocidade: Mike Hailwood (Norton, MV Agusta e Honda), Eddie Lawson (Yamaha, Honda e Cagiva) e Randy Mamola (Suzuki, Honda e Yamaha) o fizeram ainda na era das 500cc, enquanto Loris Capirossi, que venceu por Yamaha, Honda e Ducati, alcançou um feito híbrido: as duas primeiras fábricas foram defendidas nas 500cc, enquanto a casa de Borgo Panigale esteve representada já na era da MotoGP.

Assim, Maverick é, de fato, o primeiro piloto que vence por três marcas diferentes na MotoGP. No entanto, a estatística oficial do campeonato não dará a ele — pelo menos pelo resultado de hoje — essa glória. Oficialmente, os recordes são medidos apenas nas disputas longas, os GPs.

Agora, pouco depois da bandeirada, parece uma situação injusta. Mas, lá atrás, quando a criação das sprint foi anunciada, a grita foi geral de que seria injusto comparar os pilotos da atualidade com os do passado com um número tão discrepante de corridas e com uma situação tão diversa. Originalmente, a FIM (Federação Internacional de Motociclismo) deixaria tudo no mesmo patamar, mas aceitou os protestos e optou pela mudança.

Maverick Viñales venceu a primeira com a Aprilia (Foto: AFP)

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Maverick, tadinho, ‘paga’ agora pelo desejo de muitos em proteger o legado dos pilotos do passado. Ninguém queria que os feitos de Giacomo Agostini e tantos outros parecessem menos impressionantes por conta do volume enorme de corridas.

Mas, ainda que não conte para a estatística, um feito é um feito. E Maverick conseguiu vencer pelas três marcas que defendeu na MotoGP. A primeira, em 2016, foi também histórica, já que aconteceu pela Suzuki. As outras oito, foram todas pela Yamaha entre 2017 e 2021. Se quiser ser eternizado na estatística, Viñales terá de vencer em um domingo com a Aprilia — antes de Jack Miller e Álex Rins, que também podem alcançar o registro —, mas, fora da documentação histórica, o espanhol conseguiu. A menos da fila pessoal, o ‘Top Gun’ tirou esse objetivo do caminho.

“Sempre começo a toda velocidade, mas está sendo um fim de semana muito bom. Estou retomando a moto que deixamos em Valência, que eu gostava muito. Quando estou em sintonia com a moto, posso ser muito rápido. E isso é o que me interessa”, disse Viñales.

O fim de semana de Viñales, porém, foi dificultado por uma questão física, já que o espanhol está sofrendo os efeitos de uma gastroenterite. O #12 avaliou que o resultado positivo deste fim de semana é também consequência dos sacrifícios que tem feito, como, por exemplo, perder peso para a temporada 2024.

“Temos de fazer o mesmo amanhã. Passei bem. Foi uma batalha psicológica e me senti muito forte”, contou. “Quero agradecer ao pessoal lá de casa, que sabem o que eu sofro, o que eu trabalho e o pouco que como”, frisou.

Ainda, Maverick indicou que conseguiu se sair melhor na largada, ainda que este seja um ponto de dificuldade dele com a RS-GP.

“Não é que tenhamos encontrado um método novo, mas a embreagem trabalha de uma forma muito mais linear e todas as largadas são iguais”, comentou. “Quando Pecco [Bagnaia] escapou, vi que era o meu momento. Esta vitória é resultado da mudança que fizemos na sexta-feira. Tratamos de estar atentos com o equilíbrio da moto”, completou.

MotoGP volta à pista de Portimão neste domingo, às 11h (de Brasília), para o GP de Portugal, segunda etapa do campeonato de 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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