Viñales cresce e vira trunfo da Aprilia na luta por título da MotoGP na temporada 2022
Espanhol se adaptou à RS-GP e se tornou um protagonista na classe rainha do Mundial de Motovelocidade. Cada vez próximo da primeira vitória com a casa de Noale, o ‘Top Gun’ já pode ser considerado um trunfo para Aleix Espargaró na briga pela taça da temporada 2022
Maverick Viñales cresceu e é hoje um trunfo para a Aprilia na briga pelo título da temporada 2022 da MotoGP. Pouco a pouco, o piloto espanhol foi pegando a mão da RS-GP e agora já se vê alçado ao posto de protagonista e podendo até sonhar com uma inesperada revanche com a Yamaha.
Quando da saída tumultuada da casa dos três diapasões, Maverick parecia ter cruzado o fim da linha na MotoGP. Afinal, não foi exatamente o momento mais bonito da carreira dele. Além disso, naquele ponto, o espanhol estava trocando uma moto vencedora, por uma que, embora estivesse crescendo, ainda não tinha vencido e não tinha o potencial de agora.
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Mas, sob a regência de Massimo Rivola e a liderança técnica de Romano Albesiano, a casa de Noale avançou e cresceu enormemente em 2022. De certa forma, a Aprilia desembarcou para valer na MotoGP agora.
Desde o início do ano, Aleix Espargaró vinha tirando vantagem deste avanço do protótipo. Foi assim que o catalão logo se consolidou como uma ameaça ao título e permanece na vice-liderança do Mundial de Pilotos, ainda que a Ducati tenha melhorado substancialmente nas últimas corridas.
Pois é justamente neste cenário que o crescimento de Viñales pode ser vital. O ‘Top Gun’ já disse reiteradas vezes que está disposto a ajudar o companheiro de equipe, mas que serventia teria ele andando no fundão? Como ponteiro, porém, o cenário muda. E ninguém está falando daquele jogo de equipe em que um deixa o outro passar. Pode até ser que isso seja necessário, mas, no momento, Aleix é perfeitamente capaz de vencer sozinho, mas fazer de Maverick uma espécie de Goose — se é que você assistiu ao primeiro Top Gun, o de 1986 —, atuando como escudeiro, roubando pontos da concorrência, isso, sim, pode fazer uma larga diferença.
No caso da Ducati, pode não ser tão benéfico, já que, com oito motos no grid, Pecco pode contar com variados escudeiros. Ao menos Jack Miller, Johann Zarco, Enea Bastianini e Jorge Martín são fortes o bastante para ajudar na briga. Luca Marini e Marco Bezzecchi estão em uma fase crescente, enquanto Fabio Di Giannantonio tem lá seus momentos.
Do lado da Yamaha, Fabio Quartararo está completamente sozinho. Ninguém faz a YZR-M1 funcionar como ele. Andrea Dovizioso está caminhando para a aposentadoria — que vai acontecer em Misano — e será substituído por Cal Crutchlow. O britânico, por melhor que seja, está aposentado e não pilota regularmente há algum tempo. Não há motivos para imaginar que ele vá voltar à MotoGP com ritmo para palpitar na briga pelo título. Darryn Binder, coitado, deveria estar, no muito, na Moto2, mas pulou uma fase e ninguém, em sã consciência, pode esperar algo dele em 2022. A situação de Franco Morbidelli é um pouco mais incompreensível. Ele tem a idade, a forma física e o talento para andar na ponta. Mas isso não está acontecendo neste ano.
Fabio está sozinho. Resta a ele torcer para que Suzuki, KTM e até Honda se metam no caminho dos rivais, mas isso também não está acontecendo em 2022.
Assim, o crescimento de Viñales é não só uma boa notícia para ele próprio, que anda mesmo precisando de motivos para sorrir, mas é a última barreira entre Aleix e a solidão. Um companheiro forte pode ajudar o catalão no caminho ao primeiro título da carreira e, também, ajudar a Aprilia a cumprir a missão desta temporada. É como diz o ditado: quem tem um amigo, tem tudo.
A MotoGP volta às pistas no dia 21 de agosto, com o GP da Áustria, no Red Bull Ring. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.
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