Oliveira faz show solo e vence de ponta e ponta em Portugal. Morbidelli confirma vice

Em corrida solitária e dominando de ponta a ponta, Miguel conquista a vitória caseira. Franco Morbidelli, vice-campeão, e Jack Miller completam o pódio português

Miguel Oliveira conseguiu a vitória caseira no GP de Portugal da MotoGP (22). Neste domingo (22), o piloto da Tech3 dominou a disputa de ponta a ponta em Portimão, assegurando a segunda vitória da temporada 2020.

Após largar da pole-position, o português escapou na ponta e jamais foi ameaçado pelos adversários, recebendo a bandeira quadriculada com mais de 3s de vantagem.

Miguel Oliveira conseguiu a segunda vitória da temporada (Foto: KTM)

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Quem terminou o dia no circuito do Algarve na segunda posição foi Jack Miller, que aproveitou os metros finais para dar o bote. Essa é a quarta aparição do australiano nos degraus do pódios e ainda rende à Ducati o título do Mundial de Construtores.

Franco Morbidelli completou o pódio do dia português, a quarta aparição no top-3, resultado que garantiu o vice-campeonato de 2020. Pol Espargaró e Takaaki Nakagami completaram o rol dos cinco primeiros colocados na disputa lusa.

Com o resultado desta última corrida do ano, Morbidelli confirmou o vice-campeonato, só 13 pontos atrás do campeão Joan Mir. Rins ficou em terceiro, seguido por Andrea Dovizioso, Pol Espargaró, Maverick Viñales, Miller, Fabio Quartararo, Oliveira e Takaaki Nakagami.

No Mundial de Construtores, a Ducati levou a melhor com 17 pontos de frente para a Yamaha. A Suzuki acabou no terceiro posto, seguida por KTM, Honda e Aprilia. A Suzuki levou o Mundial de Equipes, com SRT e KTM formando o top-3.

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Saiba como foi o GP de Portugal de MotoGP:

A última etapa da temporada 2020 da MotoGP foi brindada com condições climáticas perfeitas. Antes da largada, com o sol brilhando no céu do Algarve, os termômetros mediam 22,2°C, com o asfalto chegando a 29°C. A velocidade do vento estava em 11 km/h.

Para o estreante circuito de Portimão, a Michelin levou opções mais variadas de pneus. Eram quatro alternativas dianteiras: macio, médio e duro, com o último em versões assimétrica e simétrica. No caso dos traseiros, eram pneus macios, médios e duros assimétricos e uma opção simétrica da borracha mais resistente.

No grid, a ampla maioria calçou médios dianteiros, exceto Lorenzo Savadori, Brad Binder, Aleix Espargaró, Pol Espargaró, Tito Rabat, Mika Kallio e Miguel Oliveira, que colocaram o duro simétrico. Na traseira, a maioria de duro simétrico, mas Johann Zarco, Danilo Petrucci, Joan Mir e Álex Rins foram pela opção assimétrica mais resistente.

Quando as luzes se apagaram pela última vez na reta de um circuito da MotoGP na temporada, Oliveira conservou a liderança em Portugal, com Morbidelli e Miller também mantendo as posições de partida. Pol Espargaró saiu bem e subiu de nono para quinto.

Confirmando o ritmo forte mostrado no fim de semana, Oliveira abriu 0s6 de frente ainda no primeiro giro, com Morbidelli também se afastando de Miller, que tinha Cal Crutchlow logo atrás. Joan Mir, que começou muitíssimo bem, na segunda volta já tinha escalado oito posições.

A alegria do campeão antecipado, contudo, durou pouco, já que ele despencou para 20º pouco depois, ao tocar Zarco na curva 3. A situação só não foi pior do que o que aconteceu com Francesco Bagnaia, que abandonou ainda no início. O italiano também se envolveu no incidente com o campeão e parece ter deslocado o ombro direito.

Na abertura da volta 3, Stefan Bradl passou Pol Espargaró e assumiu o quinto posto. Zarco também superou Quartararo e se instalou em sétimo.

Pouco depois, Brad Binder encerrou a temporada mais cedo após cair na curva 1. O sul-africano não se machucou com gravidade.

Correndo em casa em Portugal, Oliveira imprimiu um ritmo fortíssimo no início da corrida e, após quatro voltas, já tinha 2s4 de margem para Morbidelli. O piloto da SRT, por sua vez, sustentava 0s5 de vantagem para Miller, isolado de Crutchlow.

A partir daí, o pelotão vinha mais animado, com Álex Rins passando Nakagami para assumir a nona colocação. Mais na frente, Pol recuperou o quinto lugar de Bradl.

Na volta 7, Rins deixou Quartararo para trás e assumiu a quarta colocação, Álex Márquez passou Andrea Dovizioso para ser 11º. Mais na frente, Pol tomou de Crutchlow o quarto lugar.

Na volta 10, a vantagem de Oliveira chegava a 3s9, com Morbidelli já exibindo 0s6 para Miller. Pol Espargaró, porém, tinha uma fila de rivais dispostos a tomar a quarta colocação.

Nakagami, aliás, tomou a nona colocação de Quartararo depois de um duelo divertido. Márquez não esperou muito mais e atacou o francês, mas não ficou com a posição, já que a Dovizioso veio ao ataque, se instalou em décimo, seguido por Fabio e Álex.

Perto da metade da corrida, Miller subiu o ritmo e passou a descontar o atraso em relação a Morbidelli. Os dois tinham quase 4s de folga para Pol, que, aliás, errou e voltou a ser ultrapassado por Cal Crutchlow, que também errou na sequência e acabou voltando para a quinta colocação. A briga, aliás, permitia a aproximação do pelotão liderado por Rins.

Zarco também partiu para o ataque e assumiu o sexto posto, à frente de Bradl. Dovizioso passou Nakagami pelo oitavo posto.

Com um ritmo bastante ruim, Mir acabou entregando os pontos com dez voltas para o fim, quando foi aos boxes da Suzuki, aparentemente com algo quebrado na GSX-RR. Apesar do título estar definido, o resultado deste domingo estraga a festa pela tríplice coroa, já que a Ducati caminhava para vencer o título de Construtores.

Enquanto isso, a situação ficava pior também para Rins, que caiu de décimo para 12º em poucos segundos.

Oliveira, porém, seguia imbatível na ponta em Portugal, 4s1 à frente de Morbidelli. O ítalo-brasileiro, contudo, estava sob pressão de Miller, o único além de Miguel a conseguir fazer uma volta em 1min39s.

O italiano da Ducati permaneceu no ataque e saltou para a quinta colocação, passando Nakagami e Zarco, que também perdeu uma posição para Bradl. Crutchlow escapou da pista e caiu para nono.

Na ponta, Miller ainda não tinha desistido da perseguição a Morbidelli, mas o piloto da SRT ia sólido na segunda posição.

Crutchlow desceu mais um pouco, caindo para 11º e se tornando alvo das Yamaha. Márquez, por outro lado, passou Zarco pela nona colocação. Aleix também avançou e subiu para sétimo, à frente de Bradl.

Na volta final, Miller conseguiu tomar o segundo posto de Morbidelli com um bloqueio na curva 13. Franco não teve como reagir e acabou em terceiro. Oliveira venceu com 3s193 de vantagem em Portugal.

MotoGP 2020, GP de Portugal, Portimão, corrida

1M OLIVEIRATech3 KTM 
2J MILLERPramac Ducati+3.193
3F MORBIDELLISRT Yamaha+3.298
4P ESPARGARÓKTM+12.626
5T NAKAGAMILCR Honda+13.318
6A DOVIZIOSODucati+15.578
7S BRADLHonda+15.738
8A ESPARGARÓAprilia Gresini+16.034
9A MÁRQUEZHonda+18.325
10J ZARCOAvintia Ducati+18.596
11M VIÑALESYamaha+18.685
12V ROSSIYamaha+18.946
13C CRUTCHLOWLCR Honda+19.159
14F QUARTARAROSRT Yamaha+24.376
15A RINSSuzuki+27.776
16D PETRUCCIDucati+34.266
17M KALLIOTech3 KTM+48.410
18T RABATAvintia Ducati+468.411
19L SAVADORIAprilia GresiniNC
20J MIRSuzukiNC
21B BINDERKTMNC
22F BAGNAIAPramac DucatiNC
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