“Perigoso” e “grande manobra”: MotoGP se divide com incidente entre Bastianini e Martín
O GP da Emília-Romanha foi decidido graças a uma ousada e polêmica manobra de Enea Bastianini na volta final, colocando Jorge Martín para fora da pista. Depois da prova, os pilotos da MotoGP se dividiram nas opiniões sobre o tema
A polêmica manobra de Enea Bastianini contra Jorge Martín na volta final do GP da Emília-Romanha, no último domingo (22), segue repercutindo nos bastidores da MotoGP. E os pilotos, grandes protagonistas do espetáculo, aproveitaram para dar suas respectivas opiniões sobre o incidente que valeu a vitória para o piloto da Ducati.
Bastianini forçou uma ultrapassagem em Martín na curva 4 do último giro em Misano, jogando o rival para fora da pista e rumando para o triunfo. Após a prova, o espanhol disse que a tentativa foi “exagerada” e ganhou apoio do compatriota Marc Márquez, que defendeu uma punição para Enea. O italiano, por outro lado, admitiu que foi no limite, mas apontou que “era a única chance”.
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Aleix Espargaró é o mais experiente do grid e não perdeu a chance de analisar a situação, inclusive apontando que pretende levar o assunto para os comissários antes da próxima etapa, na Indonésia.
“Não entendo o que fazem os comissários. Não tenho palavras, pois um piloto toca no outros, os dois saem da pista e nem abrem investigação. Estão nos dizendo que pode fazer o que quiser, inclusive empurrar um oponente, isso é muito perigoso. Este é o resultado da incompetência dos comissários”, disse o piloto da Aprilia.
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Álex Márquez entrou no embalo e também defendeu o compatriota. Para o piloto da Gresini, é preciso ter uma grande discussão entre os competidores da MotoGP para entender as consequências de ações parecidas com as vistas em Misano.
“Precisamos estabelecer um limite entre os pilotos. Se você ultrapassa alguém e precisa sair da pista, não é uma manobra correta porque utiliza a área de escape. Se tivesse brita, provavelmente nem tentaria. Precisamos entender onde está o limite”, apontou.
Luca Marini, piloto da Honda, também foi questionado e procurou defender o italiano Bastianini. Para ele, as ultrapassagens estão cada vez mais complicadas na MotoGP, por isso muitas vezes são forçadas na marra e possuem um resultado polêmico.
“É cada vez mais difícil passar. Sendo assim, entendo que tenha sido complicado para o Enea, especialmente nessa pista, onde é sempre uma dor de cabeça. Fez uma grande manobra. Mas, se o Martín não levanta a moto, cairia. Se não caiu, não tem punição”, afirmou o #10.
Miguel Oliveira também acredita que não era necessária punição e ainda defendeu clareza ao regulamento da MotoGP. “As regras são claras. Qualquer um que estivesse no duelo e entrasse na zona verde [da área de escape], precisaria ceder a posição, mas não foi seu caso porque fez a curva”, analisou o português.
“Foi uma manobra na última volta, todo mundo está no limite e sabe que é difícil passar com essas motos. Sendo assim, é preciso aproveitar todas as oportunidades para vencer. Deixo isso nas mãos dos comissários, mas as regras são claras”, finalizou.
A MotoGP volta neste fim de semana com o GP da Indonésia, em Mandalika, para a 15ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
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