Petrucci destaca boa forma da KTM e celebra saída da Ducati: “Feliz por ter sido demitido”

O italiano lamentou que só poderá testar a RC16 da Tech3 em fevereiro do próximo ano, mas se mostrou animado com a evolução da performance da KTM

Danilo Petrucci celebrou o fato de ter sido dispensado pela Ducati antes do início do campeonato. Com o aviso precoce, o italiano assegurou a transferência para a Tech3 ainda antes do começo da temporada, ou seja, sem saber do grande passo dado pela KTM em 2020, já que a fábrica austríaca conseguiu três vitórias no ano ― uma com Brad Binder e duas com Miguel Oliveira.

Titular da Pramac entre 2015 e 2018, Petrucci deu o salto para o time de fábrica da Ducati no ano passado, quando estreou no topo do pódio da MotoGP, no GP da Itália. Depois, porém, a performance decaiu, aumentando a insatisfação da casa de Bolonha.

Danilo Petrucci não está mais tão triste pela saída da Ducati (Foto: Divulgação/MotoGP)

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Antes do início do campeonato, que foi atrasado por causa da pandemia do novo coronavírus, Petrucci perdeu a vaga de 2021 para Jack Miller, mas agora acredita que a ligação de Gigi Dall’Igna, chefe da Ducati Corse, veio em boa hora.

“Foi uma situação muito estranha, mas todas as coisas que aconteceram no mundo neste ano foram estranhas”, disse Petrucci. “Com certeza, o dia que Gigi me ligou e disse que eu não estaria mais no time de fábrica foi um dia triste. Pois senti que tinha falhado na minha missão”, contou.

“Mas olhando para trás, tenho de dizer um grande obrigado a ele, porque a ação dele me permitiu ficar com outra fábrica que é muito, muito competitiva. No início da temporada, ninguém achava que a KTM era tão rápida, mas agora os resultados são os melhores possíveis”, comentou. “Então estou feliz por Gigi ter me demitido no início da temporada!”, falou.

Apesar de ter sido um dos nove vencedores da temporada 2020, Petrucci destacou que passou o ano todo desconfortável com a Desmosedici. Os pilotos da Ducati se queixaram ao longo de todo ano do entrosamento da GP20 com a nova construção do pneu traseiro da Michelin.

“Nunca encontrei uma sensação realmente boa, só senti que era realmente a minha moto em Barcelona, tivemos dificuldades nas retas, e aí em Le Mans, onde fui competitivo no molhado e no seco”, apontou. “Mas o problema principal durante toda a temporada era no freada. E nesta corrida [Portimão], como em Valência, tivemos dificuldades de aderência e nunca encontramos uma boa moto”, explicou.

“A moto mudou um pouco em comparação com o ano passado, mas o pneu traseiro foi o principal. Não estou feliz, porque ― com exceção de duas corridas ― nunca achei uma sensação realmente boa. Mas sempre dei meu melhor: às vezes funcionou, às vezes não”, frisou.

Apesar de os bons resultados da KTM serem um alento, eles custaram à fábrica austríaca as concessões que permitiram a rápida evolução. Assim, Danilo só poderá guiar a RC16 no teste de Sepang, em fevereiro.

“Infelizmente, [a KTM] perdeu as concessões, os testes liberados, então tenho de testar a moto em fevereiro, mas vou para o túnel de vento na semana que vem e será importante, porque as velocidades máximas foram um problema para mim neste ano”, encerrou.

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