Pilotos culpam brita por gravidade de acidente de Pol Espargaró: “Precisamos de outra”

Luca Marini e Francesco Bagnaia avaliaram que a severidade do acidente de Pol Espargaró foi resultado do tipo de brita usada no traçado de Portugal. De acordo com o titular da Ducati, o catalão acelerou em direção ao muro ou invés de ser travado pelo brita

Luca Marini e Francesco Bagnaia apontaram a brita como responsável pela gravidade do acidente sofrido por Pol Espargaró nesta sexta-feira (24). Os dois pilotos consideraram que o material usado nas áreas de escape de Portimão é inadequado e fez com que o titular da GasGas Tech3 acelerasse em direção ao muro ao invés de ser travado após a queda.

Restando pouco menos de 14 minutos para o fim do treino 2 da MotoGP em Portimão, Pol caiu na curva 10 e percorreu a brita seguido pela RC16. Apesar das imagens terem deixado dúvida, Hervé Poncharal, chefe da equipe do #44, confirmou que o piloto se chocou contra o muro, mas não foi atingido pela RC16.

Pol Espargaró segue internado em Faro (Foto: GasGas)

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O titular da GasGas foi atendido ainda na pista, depois transferido de ambulância ao centro médico. Na sequência, Pol foi removido de helicóptero para um hospital em Faro, onde está acompanhado pela esposa, Carlota Bertran, e pela cunhada, Laura Montero.

Exames constataram fraturas na mandíbula e em uma vértebra dorsal, além de uma contusão pulmonar.

“Sinceramente, a queda foi muito particular”, disse Luca Marini. “Mas nas condições de hoje, era possível, pois eu mesmo caí”, seguiu.

“Se você usar muito o freio traseiro na subida, você sente a traseira derrapar, pois não tem aderência na pista”, explicou. “Mas é a mesma coisa todo ano. Nesta pista, precisamos de outro tipo de brita. Mas a pista não muda”, criticou.

Campeão vigente, Francesco Bagnaia avaliou que o acidente de Pol Espargaró seria diferente se a brita de Portimão não fosse como é.

“Sem essa brita, não seria bandeira vermelha. Seria uma queda, mas não tão grande assim. Pois quando ele chegou na brita, começou a acelerar”, apontou.

A brita de Portimão já tinha sido assunto neste ano. Durante os testes de pré-temporada, Fabio Di Giannantonio caiu, mas passou a rodopiar ao chegar na brita e acabou barrado do segundo dia de atividades por causa de uma concussão. O italiano criticou o tamanho das pedras na ocasião e avaliou que, da forma como estava, dava na mesma correr em Mônaco. As queixas, aliás, foram apoiadas por Aleix Espargaró, irmão de Pol.

Por causa do acidente do piloto da Gresini, os responsáveis pela pista modificar as pedras em alguns pontos do traçado antes do GP de Portugal, mas não quiserem detalhar para os jornalistas o trabalho que foi feito.

“Talvez tenham dado um passo, mas precisamos de um pouco mais”, disse Marini.

Bagnaia, porém, foi um pouco mais firme nas queixas.

“Faz quatro anos que estamos pedindo para mudarem a segurança desta pista. A primeira vez que viemos aqui, quando caminhei pela pista com a minha equipe, mandei uma foto da brita para Franco Uncini [ex-comissário de segurança da MotoGP], que era grande demais”, contou Pecco. “Ano passado, quando levei a brita para o box, todos ficaram rindo do que eu fiz. E nada mudou até a queda de Diggia. Acho que isso foi tarde demais, pois já com a queda de [Jorge] Martín, [em 2021], era fácil de entender que era um problema”, frisou.

Ainda, o dono do número um acompanhou Marc Márquez na defesa de que ‘airfence’ seja colocado no ponto do acidente de Pol imediatamente.

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