Pramac inova e aproveita F1 no Bahrein para apresentar motos de Martín e Morbidelli

A equipe satélite da Ducati foi ao paddock do circuito de Sakhir nesta quarta-feira (28) para apresentar as Desmosedici 2024 que serão utilizadas por Jorge Martín e Franco Morbidelli

A Pramac foi a mais ousada entre as equipes da MotoGP no lançamento da temporada 2024. Às vésperas do início do campeonato, que acontece na próxima semana no Catar, a equipe foi ao Bahrein para usar a primeira etapa da Fórmula 1 como pano de fundo para a exibição das motos de Jorge Martín e Franco Morbidelli. O intercâmbio foi possível graças à proximidade de Paolo Campinotti, que comanda a Pramac, com Stefano Domenicalli, diretor-executivo da F1.

Na reta principal da pista de Sakhir — com uma pequena multidão ao redor —, Martín e Morbidelli vieram para a pista, acelerando as Desmosedici GP24 com layout bastante diferente do anterior, com o roxo da Prima, a patrocinadora principal, ganhando muito mais espaço na carenagem. A pintura tem, ainda, detalhes em vermelho e preto, uma significativa mudança em relação à antecessora, que tinha o branco como cor de destaque.

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Uma das protagonistas da MotoGP 2023, a Pramac vem para a pista para tentar repetir o feito do ano passado, quando brigou pelo título até a última corrida do ano com Martín. Mas, desta vez, com a equipe ligeiramente repaginada. O espanhol segue por lá para o que deve ser o último ano dele na equipe — o #89 está de olho em uma posição como piloto de fábrica —, mas o outro lado da garagem terá Morbidelli, que vai estrear com equipamento Ducati.

Vice-campeão de Francesco Bagnaia no ano passado, Martín vem forte mais uma vez. Martinator mostrou bom desempenho na pré-temporada, apesar de ter se queixado de vibrações na moto no fim da fase de testes. Ainda assim, Jorge vem em missão: além de querer repetir o feito do ano passado, é hora de dar o próximo passo na carreira e, para isso, na melhor das hipóteses, é preciso convencer a casa de Bolonha que ele é quem merece estar ao lado de Pecco no time titular a partir da próxima temporada.

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Pramac trocou o branco pelo preto no layout (Foto: Pramac)

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O cenário, contudo, promete não ser tão simples, especialmente pela reação apresentada por Enea Bastianini durante a pré-temporada. O italiano também está no último ano de contrato, mas abre 2024 com a meta de vestir vermelho no próximo campeonato.

“É uma grande mudança. Estou com a equipe há três anos e [a moto] sempre foi branca. Acho que está melhor, mais agressiva. Tomara que possamos ser agressivos também na pista”, disse Martín. “2023 foi um ano fantástico, cheio de grandes resultados e muita satisfação. No fim, ficou faltando a cereja no topo do bolo. Vou dar o meu melhor para garantir que 2024 seja ainda melhor”, avisou.

“Sei que sou visto como um candidato ao título mesmo antes do início do campeonato, um tipo de pressão que é reservada apenas a alguns poucos pilotos. Ser um deles me motiva ainda mais”, comentou. “Sou parte de uma equipe que tem tudo para fazer a diferença: a moto, as pessoas e a mentalidade. Juntos, estamos começando essa temporada com determinação para pegar o primeiro lugar”, encerrou.

Morbidelli, por outro lado, ganhou um fôlego importante na carreia. Depois de alguns anos difíceis com a Yamaha, o ítalo-brasileiro não teve o contrato renovado, mas ‘caiu para cima’ ao arranjar um acordo para correr com a melhor moto do grid. A sorte, porém, parou aí. Às vésperas do início da pré-temporada, o #21 caiu em um teste privado e não pôde participar dos testes na Malásia e no Catar.

Para piorar, Morbidelli já chega pressionado. O contrato é de só um ano e a Ducati sequer faz mistério em torno do interesse em Fermín Aldeguer, um dos protagonistas da Moto2 no ano passado. A publicação inglesa Autosport, inclusive, já dá como certo o acerto entre as partes.

Franco Morbidelli vai se unir a Pramac em 2024 (Foto: Pramac)

“2024 é um ponto de virada na minha carreira. Estou me juntando à equipe que, ano passado, brigou pelo Mundial de Pilotos até a última corrida e levou para casa o Mundial de Equipes. Então eles têm todos os ingredientes para que seja uma temporada memorável”, disse Morbidelli. “Infelizmente para mim, 2024 começou com uma queda que me forçou a perder os testes de pré-temporada, mas agora estou recuperado, e mal posso esperar para realmente conhecer a Ducati Desmosedici GP24 e conquistar muitos resultados importantes com ela”, acrescentou.

Em comum, Martín e Morbidelli têm o fato de guiar a melhor moto do grid. Diferente da antecessora, a GP24 caiu na pista já em forma, sem exigir um grande tempo de acerto. A moto nasceu pronta para ser competitiva.

E é justamente isso que a Pramac vai tentar fazer. O título de pilotos não veio no ano passado, mas, como Johann Zarco ao lado de Martín, foi capaz de garantir o título do Mundial de Pilotos. Uma meta ousada, mas justificada para 2024.

MotoGP volta a acelerar no final de semana de 7 a 9 de março, em Lusail, no Catar, para a abertura da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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