Quem subiu, desceu ou surpreendeu até aqui na MotoGP 2022

A MotoGP prometeu muito para 2022. E, passadas 11 etapas, mais da metade do campeonato, entregou tudo aquilo que se era esperado: competitividade. A primeira metade do campeonato agrada pelas surpresas e também se destaca pelas decepções. Mas a imprevisibilidade é a maior qualidade do ano.

Na teoria, a temporada teria 21 etapas. Seria o maior calendário da história da classe rainha. Contudo, o GP da Finlândia foi mais uma vez cancelado, segundo a categoria por questões geopolíticas. Portanto, restaram 20. Das 11 corridas que já passaram, foram cinco vencedores e sete poles diferentes. A dominância é das fábricas europeias: sete tiunfos, contra quatro das japonesas.

Agora, analisando construtora por construtora num comparativo com 2021, teve quem subiu alguns bons degraus. Outros, desceram bastante. Começando pela Ducati, líder do Mundial. Soma 246 pontos em 11 provas, mas é verdade que ter oito motos no grid ajuda também. Ao todo, são seis vitórias, e contou com pelo menos uma Demosedici no pódio em todas as etapas.

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A essa altura do campeonato, em 2021, a Ducati também estava no topo da tabela com 212 pontos. Tinha menos motos no grid, é verdade, mas mostrava um excelente aproveitamento.

A segunda colocada do Mundial em 2022 é a mesma do ano passado: a Yamaha. Embora Fabio Quartararo lidere o campeonato, Franco Morbidelli está longe de viver seu melhor momento. A RNF, equipe satélite da marca da Hiwata, também soma dificuldades. É por isso que a ‘Quatararodependência’ segue a todo vapor, depois de um início de ano amargurado do francês. Até aqui, a fábrica japonesa soma 172 pontos. Tem três vitórias e seis pódios — todos de ‘El Diablo’. No entanto, comparando à temporada passada, são 37 a menos.

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A surpresa aparece quando olhamos para terceira colocada: Aprilia. Aleix Espargaró se mostra cada vez mais adaptado a uma moto de ótima performance e na companhia de um revigorado Maverick Viñales. O piloto de Granollers é um dos postulantes, inclusive, ao título. Foi nesta temporada que ele conquistou a primeira vitória para a equipe.

Além disso, são seis pódios, cinco de Espargaró, um de Viñales. Sem equipe satélite, tem 155 pontos nos Construtores — tinha apenas 68 em 2021 e era última colocada —, mas lidera o Mundial de Equipes com 213. E as coisas parecem promissoras para 2023, já que a RNF encerrou vínculo com a Yamaha e fechou acordo com a casa de Noale.

Em quarto lugar, quem aparece é a KTM, que não faz uma temporada de destaque. No ano passado, ela ocupava a terceira posição, com 152 pontos. Agora, tem 121, uma vitória, conquistada por Miguel Oliveira na Indonésia, e dois pódios. Atrás dela, está a Suzuki, que surpreendeu pelo anúncio de que não vai seguir na MotoGP em 2023. Não pegou só o público de surpresa, no entanto. Álex Rins e Joan Mir também não sabiam da decisão da fábrica japonesa. Até aqui, eles somam 101 tentos, com dois pódios — tinham 138 em 2021.

Por fim, a lanterna dos Construtores é a Honda, que passa por alguns percalços. Isso porque Marc Márquez se afastou das motos após o GP da Catalunha para fazer uma nova cirurgia no braço direito. Embora Alberto Puig, chefe da equipe, aponte que o multicampeão pode voltar ainda este ano, o tempo ainda é indeterminado. Com Pol Espargaró, Takaaki Nakagami e Álex Márquez, além do reserva Stefan Bradl, resultados significativos ainda não aconteceram. Com apenas um pódio — conquistado por Pol no Catar —, eles somam 85 pontos. São 19 a menos do que tinham no último campeonato.

Comparativo MotoGP 2021 x 2022 após 11 etapas:

Construtoras	2021	2022
Ducati	212	246
Yamaha	209	172
Aprilia	68	155
KTM	152	121
Suzuki	138	101
Honda	104	85

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