Rins oscila, demora a engrenar e perde chance única de ser campeão em 2020

Rins teve uma das melhores chances da carreira em se sagrar campeão na temporada 2020. Entretanto, a lesão no ombro e consistência chegando tarde no campeonato jogaram contra a campanha do atual terceiro da classificação

A temporada 2020 da MotoGP não cansou de surpreender. Depois de Marc Márquez se acidentar e Fabio Quartararo não conseguir manter a competitividade para assegurar o caneco, a Suzuki tratou de colocar seus dois pilotos na briga pelo título. Álex Rins lutou bem, mas bateu na trave ao ter azares e consistência apenas na reta final, sem criar uma possibilidade real de sagrar-se campeão.

Em retrospecto, o campeonato do espanhol nascido em Barcelona começou já com o pé esquerdo. Ainda na primeira etapa do calendário, sofreu um forte acidente na classificação e lesionou o ombro direito, o tirando de jogo do GP da Espanha.

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Apesar de ter voltado logo na etapa seguinte, o piloto de 24 anos não conseguiu imprimir ritmo competitivo. Com uma corrida de atraso em relação aos competidores e precisando lidar com um ombro em recuperação, somou 44 pontos nas primeiras seis provas que disputou.

Álex Rins teve regularidade, mas não o suficiente (Foto: Suzuki)

Mas com o notório avanço da Suzuki em 2020, era apenas questão de tempo até Rins conseguir colocar a campanha nos trilhos. O primeiro pódio veio no GP da Catalunha, terminando no top-3 mais três depois sendo uma delas com vitória.

O crescimento na reta final do campeonato rendeu 94 pontos dos 138 atuais somados. Portanto, nas seis corridas seguintes tratou de conseguir 68% dos tentos de seu campeonato, provando ter dado a volta por cima e ter encontrado a consistência necessária. Mas mais do que isso, saltou para a ponta da tabela e se colocou como o principal adversário do companheiro Joan Mir.

Para se ganhar um campeonato, regularidade é o principal ponto de atenção. E mesmo que Rins tenha mantido bons resultados e terminado mais da metade das corridas dentro do top-5, a reação chegou tarde para a briga pelo título. O mais perto que ficou do primeiro posto foi a 37 pontos, mais de uma vitória atrás.

Rins viu o companheiro Mir ser campeão (Foto: Michelin)

Em seu quarto ano com a esquadra de Hamamatsu, o espanhol cresceu junto com o time, que foi responsável pela subida à classe rainha do Mundial de Motovelocidade. De constantes corridas fora do top-10 e abandonos frequentes, o espanhol se tornou habitué do pódio e já conseguiu três vitórias usando as cores do time.

Mas Mir foi mais consistente por mais tempo. Nem mesmo os dois abandonos do espanhol de Palma de Maiorca foram capazes de jogar contra sua campanha, e os nove top-5, sendo sete deles com pódio, foram essenciais para sagrar o campeão da temporada 2020. Vendo o colega derrapar, foi criando gordura para um momento de vamos ver.

“Nos aproximamos muito na reta final do campeonato. Foi uma pena a lesão no início. Estou com a espinha parada na garganta, mas contente por Suzuki e por Joan, que no segundo ano conquista o Mundial, o que não é nada fácil”, disse após a conquista de Joan.

Rins foi forte no ano, mas não o suficiente. Mesmo presença constante nas primeiras colocações e com boas apresentações e corridas de recuperação, a lesão no ombro no início do ano foi uma das principais causas para que o competidor não conseguisse, de fato, colocar as mãos no título naquela que sua maior chance de o fazer na carreira.

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