Talentoso, inteligente e bom aluno: Márquez se reinventa outra vez e fica ainda mais demolidor

Dono de um talento ímpar, Marc Márquez é também uma enorme esponja. Com uma capacidade de aprendizagem impressionante, o #93 entrou de vez no rol dos maiores da MotoGP e, aos 25 anos, tem pista livre para se tornar o maior de todos os tempos

 
Neste domingo (21), o #93 alcançou o pentacampeonato da classe rainha do Mundial de Motovelocidade, igualando Mick Doohan e se colocando atrás apenas de Giacomo Agostini e Valentino Rossi, os maiores expoentes do esporte. E o fez mantendo a marca da precocidade: aos 25 anos e 246 dias, é o mais jovem a somar cinco conquistas.
 
Além de ser o mais jovem pentacampeão da divisão principal, Marc é também o mais novo a alcançar sete títulos no Mundial de Motovelocidade, tomando o recorde de Mike Hailwood, que tinha 26 anos e 140 dias quando conquistou o sétimo título, em 1966.
Marc Márquez é o mais novo pentacampeão da class rainha (Foto: Divulgação/MotoGP)
A entrada no rol dos maiores é também ressaltada pelo fato de o piloto da Honda ser apenas um entre os oito pilotos que conquistaram sete ou mais títulos no Mundial como um todo, se colocando em companhia de John Surtees (7), Phil Read (7), Carlo Ubbiali (9), Hailwood (9), Rossi (9), Ángel Nieto (13) e Agostini (15).
 
Ao longo dos últimos seis anos, Márquez apresentou inúmeras versões: o espanhol de Cervera chegou como um piloto que só sabia brincar no estilo ‘tudo ou nada’, mas foi ‘atualizando o software’ campeonato após campeonato e entrou em 2018 como alguém que entende a importância de ser constante. Neste ano, Marc esteve fora do pódio em duas únicas oportunidades: na Argentina e na Itália.
 
Questionado após a corrida se o título de 2018 fica marcado pela constância, Márquez, com os olhos postos na tabela de classificação do campeonato, respondeu sem titubear: “Sim”.
 
“Se você olhar para os números, nós fomos muito constantes, mas, sobretudo, constantes indo rápido. Constantemente no pódio. Em todas as corridas que terminei, fui ao pódio, menos na Argentina e na Itália”, apontou. “Nós encontramos um compromisso em que eu era capaz, mesmo quando sofria, de lutar pelo pódio. E, quanto tinha algo mais, podia ganhar a corrida”, continuou. 
 
“Quando encontramos esse equilíbrio, acho que é algo que não devemos perder, mas muitas coisas acontecem durante a pré-temporada, as motos e os pilotos vão melhorando e temos de seguir evoluindo para tentar manter essa constância. Foi o que eu aprendi em 2015 e 2016. Isso é o mais importante”, frisou.
 
A única fraqueza remanescente daquele estreante reside no volume de quedas. Até este domingo, Márquez já soma 18 tombos no ano. Embora seja um número inferior ao visto em 2017 ― que terminou com 27 quedas ―, o próprio piloto reconhece que essa diminuição “não é o suficiente”. 
 
Ainda neste domingo, Marc revelou que muitas vezes se apresentou para correr longe da melhor forma, já que deslocou o ombro algumas vezes durante seus treinamentos. Hoje, inclusive, o espanhol teve de ser socorrido pelo irmão ao ver o ombro sair do lugar após ser cumprimentado por Scott Redding. Não à toa, o piloto já tem cirurgia marcada para o fim do ano com o Dr. Xavier Mir para fazer “funilaria e pintura”.
 
Marc contou que a ficha de que poderia chegar ao pentacampeonato caiu após a corrida de Aragão, mas garantiu que segue se sentindo como se fosse sua primeira conquista.
 
“Me sinto, muito bem. Foi um campeonato que, depois de Aragão, já imaginava que estava muito perto. A diferença é quando você tem a primeira bola da partida e consegue. Era importante celebrar o título diante dos chefes. Tenho certeza que o chefão vai aproveitar”, comentou. “Coloquei a ficha e tentei chegar ao nível sete. Chegamos. Sete títulos, passou rápido. O tempo passa muito rápido. A ilusão, a vontade, a celebração, são as mesmas que no primeiro”, falou.
 
Apesar dos feitos, Marc segue focado em melhorar, já que espera que 2019 traga uma história diferente.
 
“No ano que vem, será outra vez a mesma pressão. Temos de desfrutar os bons momentos, porque os maus vêm sozinhos”, defendeu. “Você pode conseguir muitas vitórias, poles, mas, no fim, você se guia por títulos. Doohan é o primeiro que tenho em mente. Na Austrália, direi a ele o que sinto, mas espero não parar por aqui”, avisou.
 
“Os Mundiais de Construtores e Equipes ainda não estão decididos. Temos de medir o risco e preparar a pré-temporada do ano que vem. Agora temos de desfrutar e celebrar”, concluiu.

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