Zarco nega arrependimento e vê Binder “fazendo trabalho que não fui capaz de fazer”

Hoje na Avintia, o francês jogou para o alto um contrato de duas temporadas com a KTM no ano passado por estar insatisfeito com o rendimento da RC16

A vitória de Brad Binder no GP da Tchéquia não fez Johann Zarco repensar suas decisões. O francês avaliou que o estreante está fazendo na KTM o trabalhou que ele próprio não foi “capaz de fazer”.

Ano passado, Zarco abriu mão de um contrato de duas temporadas com a fábrica austríaca por estar descontente com a performance da RC16. O #5 pediu para ser liberado na metade do vínculo e, depois, acabou dispensado ainda em meados da temporada.

Desde então, Johann vinha tentando reconstruir a carreira. Primeiro, chegou a sonhar com uma vaga na Honda, mas acabou preterido em favor de Álex Márquez. Depois, chegou a descartar a satélite Avintia publicamente, mas acabou convencido por Gigi Dall’Igna, chefe da Ducati Corse.

Zarco comemorou o pódio em Brno (Foto: Red Bull Content Pool)

Em Brno, aliás, Johann deu à Avintia a primeira pole-position e o primeiro pódio na MotoGP. O #5 recebeu a bandeirada em terceiro, mesmo após ter cumprido uma punição por um incidente com Pol Espargaró.

Questionado sobre como via a vitória de Binder, Zarco respondeu: “Estou bem feliz. Até mesmo pela KTM. Ele está fazendo o trabalho que não fui capaz de fazer. Eles deram um grande passo com a moto durante o inverno”.

“Mas ele chega com a mente fresca e isso está ajudando muito mais a fazer o trabalho certo na KTM. E está provando isso já na terceira corrida”, comentou. “Em Jerez, ele foi bem forte, e os outros pilotos tiveram sorte que ele caiu, porque acho que poderia estar no pódio. Então agora que foi bem complicado com os pneus, conseguiu uma vantagem e venceu”, seguiu.

Apesar da clara evolução da RC16, Zarco garantiu que não se arrependeu por abandonar o contrato com a fábrica austríaca e se mostrou satisfeito com seu próprio desenvolvimento na Avintia.

“Não tenho arrependimento nenhum ou [acho] que deveria ter sido mais paciente”, falou o bicampeão da Moto2. “Neste momento do ano passado, eu estava em dificuldades, tinha de dar um passo por mim mesmo, uma grande decisão para conseguir alguma liberdade e ficar de acordo comigo mesmo, porque eu sentia que recebia dinheiro para não fazer nada, para fazer merda. E eu não concordo com isso”, justificou.

“Então tinha de ser honesto com a KTM, dizer a eles que não queria fazer essas coisas e que eu preferia desistir a fazer as coisas mal feitas”, declarou. “Foi um passo enorme, mas quando fui ver a Ducati em dezembro, tive uma sensação diferente. Foi talvez uma sensação mais parecida com a que tinha na Moto2. A moto me deu mais confiança em fevereiro, em Sepang e no Catar, então a partir desse ponto pude trabalhar muito melhor em mim mesmo”, contou.

“É perfeito que a KTM tenha Brad. Ele mostrou no ano passado, na Moto2, que, quando tinham problemas, ele era quem podia contorná-los e vencer corridas. Agora, talvez a moto tenha dado um passo enorme, mas, com certeza, uma moto de MotoGP nunca é perfeita, mas ele conseguiu pilotar melhor e venceu”, encerrou.

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