A bordo de uma Husqvarna 450 RR, a russa que comemora 40 anos no próximo dia 19 completou os 5541 km da edição 2019 do Dakar ― 2889 km deles de trechos cronometrados ― sem contar com uma equipe de apoio.
Antigamente, os competidores que participavam do rali sem assistência corriam na chamada categoria de Malles Moto, um nome que foi modificado com a chegada de um patrocinador, passando a assim a se chamar ‘Original’.
Anastasiya Nifontova fecha última etapa do Rali Dakar nas motos (Foto: Red Bull Content Pool)
Nesta classe, são permitidos apenas competidores de motos e quadriciclos. O competidor não pode contar, sequer, com um profissional de comunicação, já que isso o tornaria inelegível para a categoria. O número de vagas está limitado aos 30 primeiros inscritos de cada classe.
A organização da prova, então, se compromete a desempenhar o papel de equipe de assistência, disponibilizando, entre outras coisas, um caminhão onde o competidor pode guardar seus pertences, geradores, compressores e caixas de ferramenta. A Motul, que é a patrocinadora da categoria, também fornece alguns itens de uso pessoa, como barraca e kit de higiene, por exemplo.
Ao longo das dez etapas do rali deste ano, Nifontova registrou seu melhor desempenho no nono estágio, disputado em Pisco, quando completou a especial de 313 km em 6h47min59s, 3h01min21s a mais que Michael Metgé, que venceu a etapa defendendo a Sherco.
Na classificação geral da prova, Anastasiya ficou com o 61º posto, completando o rali com 28h49min18s de atraso para o
agora bicampeão Toby Price.
“Eu consegui! É, eu consegui!”, comemorou Nifontova na linha de chegada em Lima. “Estou sem palavras. Eu não tenho as palavras certas para descrever a minha sensação. É incrível. Eu consegui chegar ao final na categoria Original by Motul. Isso é legal”, concluiu.