Russa Nifontova faz história no Peru e se torna primeira mulher a completar Dakar sem assistência

Às vésperas de completar 40 anos, Anastasiya Nifontova fez história nesta quinta-feira (17) ao se tornar a primeira mulher a completar o Rali Dakar sem assistência. Em 2017, a #56 já tinha se tornado a primeira russa a disputar a maior e mais dura prova off-road do planeta de moto

LEIA TAMBÉM
Na Garagem: André Azevedo e Leilane Neubarth colocam Brasil no pódio geral do Rali Dakar
➱ Leilane Neubarth relembra odisseia no Dakar: "É a lei da selva em pleno deserto"

17 de janeiro de 2019: a data que ficará marcada na história do Rali Dakar. Nesta quinta-feira, a russa Anastasiya Nifontova se converteu na primeira mulher a completar a maior e mais dura prova off-road do planeta sem assistência.

 
A bordo de uma Husqvarna 450 RR, a russa que comemora 40 anos no próximo dia 19 completou os 5541 km da edição 2019 do Dakar ― 2889 km deles de trechos cronometrados ― sem contar com uma equipe de apoio. 
 
Antigamente, os competidores que participavam do rali sem assistência corriam na chamada categoria de Malles Moto, um nome que foi modificado com a chegada de um patrocinador, passando a assim a se chamar ‘Original’.
Anastasiya Nifontova fecha última etapa do Rali Dakar nas motos (Foto: Red Bull Content Pool)
Nesta classe, são permitidos apenas competidores de motos e quadriciclos. O competidor não pode contar, sequer, com um profissional de comunicação, já que isso o tornaria inelegível para a categoria. O número de vagas está limitado aos 30 primeiros inscritos de cada classe.
 
A organização da prova, então, se compromete a desempenhar o papel de equipe de assistência, disponibilizando, entre outras coisas, um caminhão onde o competidor pode guardar seus pertences, geradores, compressores e caixas de ferramenta. A Motul, que é a patrocinadora da categoria, também fornece alguns itens de uso pessoa, como barraca e kit de higiene, por exemplo.
 
Ao longo das dez etapas do rali deste ano, Nifontova registrou seu melhor desempenho no nono estágio, disputado em Pisco, quando completou a especial de 313 km em 6h47min59s, 3h01min21s a mais que Michael Metgé, que venceu a etapa defendendo a Sherco. 
 
Na classificação geral da prova, Anastasiya ficou com o 61º posto, completando o rali com 28h49min18s de atraso para o agora bicampeão Toby Price.
 
“Eu consegui! É, eu consegui!”, comemorou Nifontova na linha de chegada em Lima. “Estou sem palavras. Eu não tenho as palavras certas para descrever a minha sensação. É incrível. Eu consegui chegar ao final na categoria Original by Motul. Isso é legal”, concluiu.
 
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias do GP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.