Chefe da Full Time explica como surgiu parceria com Shell: projeto para Di Mauro e reuniões em pleno Carnaval

Em 2019, a Stock Car vê duas das grandes equipes, Shell e Full Time, unidas em uma terceira: a Shell Helix Ultra. E como isso aconteceu? Maurício Ferreira, chefe da Full Time, explicou ao GRANDE PRÊMIO

A Shell Racing teve cenário de indefinição sobre sua presença na Stock Car desde o final de 2018 até o meio de fevereiro deste ano – quando foi feita a renovação de contrato com Ricardo Zonta e Átila Abreu, garantindo a permanência do time no grid. 

Mas faltava espaço para um: Gaetano Di Mauro. A revelação da Academia Shell Racing ficou, assim, sem uma vaga na categoria, algo que fazia parte do planejamento de carreira para o piloto de 21 anos. O jeito foi "caçar" uma equipe que pudesse receber a promessa.

E assim, contou Maurício Ferreira ao GRANDE PRÊMIO, é que a Full Time, equipe da qual é chefe, foi procurada, o que acabou resultando na Shell Helix Ultra, equipe com Di Mauro e Galid Osman, pilotos Shell, mas com trabalho de boxes da parceira.

Gaetano di Mauro (Foto: Duda Bairros)

"Recebemos um contato da Shell pela primeira vez no final do mês de janeiro, uma consulta se teríamos interesse em conversar sobre uma possibilidade de um contrato. Obviamente quando você recebe um telefonema de uma companhia desse tamanho, primeiro que já é sinônimo de satisfação, se o contrato acontecer ou não".

"Acabou acontecendo, e nós tínhamos uma situação com o Gaetano, projeto da Academia Shell. Um piloto que eles estão trazendo para a Stock Car e profissionalizando dentro do Brasil, esse é o projeto deles", explicou o dirigente.

Nesse momento, o espaço para Di Mauro, que ficou sabendo da notícia em vídeo surpresa (ou 'pegadinha') preparado pela equipe, foi garantido: "O objetivo é um ano de aprendizado, muito ensinamento para o Gaetano. Até pelo perfil da nossa equipe, sabendo que ele teria boas referências."

Mas ainda haveria uma surpresa: Galid Osman estava sem equipe e a Shell queria colocá-lo no grid. Será que a Full Time toparia colocar, mais uma vez, quatro carros na Stock Car?

Galid Osman (Foto: José Mário Dias/Shell)

"Um mês após isso, já quase certos de que faríamos apenas três carros, acabamos voltando para sermos surpreendidos por uma consulta deles, pedindo uma reserva por uma semana. Não foi dado nome, nada. Foi ali na véspera do Carnaval. E acabou fechando o acordo com a equipe Shell Helix Ultra, com o Galid, cara de experiência na categoria. Acabou fechando um ciclo positivo, ele queria ter voltado para a equipe em outras oportunidades".

"E aí ficamos com quatro carros. Muito em cima da hora, muito trabalho, não era o plano da Full Time – quer dizer, sempre foi, durante um período achamos que não ia acontecer. Tudo foi executado durante o Carnaval. Só deu em coisas boas. Temos um plano bastante positivo para testar a juventude com a experiência. Os meninos se dedicaram, fizemos reuniões e, para nossa surpresa, deu certo (na pista)", finalizou.

De fato, na primeira etapa do ano a parceria funcionou: no Velopark, pelo lado da Shell, os três pilotos que disputaram a prova pontuaramÁtila Abreu se lesionou na classificação e ficou fora; pela Full Time, o mesmo, com um extra: o pódio de Rubens Barrichello.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias do GP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.