Imprevisível, Stock Car leva duelo Toyota x Chevrolet para juízo final em pistas repetidas

Os últimos duelos entre Toyota e Chevrolet na Stock Car 2020, em Goiânia e Interlagos, vão decidir se a disputa pelo título será extremamente emocionante e imprevisível quanto parece no momento

É curioso que pouco mais de três meses depois de seu início, a temporada 2020 da Stock Car já caminhe para sua fase final. Claro, a sensação de que foi rápida demais é aumentada por todo o atraso causado pela pandemia do Covid-19, mas também porque a disputa é imprevisível e bem gostosa de ser acompanhada. O clichê “tudo que é bom dura pouco” é daqueles que valem ser puxados nesta situação.

Curitiba entregou duas etapas neste final de semana, a oitava e a nona, e agora só faltam três para o fim: duas em Goiânia, no final de semana de 21 e 22 de novembro, e a de Interlagos, no dia 13 de dezembro. E dois fatores se somam para a emoção vindoura: o fato de a disputa pelo título estar apertadíssima, e também de que as duas pistas já receberam a categoria neste ano.

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Em GoiÂnia, os Toyota Corolla dominaram – mas isso em julho ( Foto: Luís França/Vicar)

Certo, mas por que este segundo ponto dá emoção? Não seria o contrário, com os pilotos e carros já sabendo o que podem entregar? Em teoria, sim. Na prática, a tendência é outra. É a de que o duelo Toyota x Chevrolet vai para seu juízo final, com Goiânia e Interlagos entregando as respostas decisivas para o título.

Goiânia abriu a temporada e foi seguida por duas etapas em Interlagos, incluindo a Corrida do Milhão. Em ambas, o domínio da Toyota foi sufocante para a Chevrolet. As duas pistas foram os palcos que fizeram com que os pilotos de Cruze pudessem utilizar atualizações em seus carros. Parecia até impossível do jogo ser virado.

Mas, aos poucos, os resultados foram melhorando para a Chevrolet. Não que os Toyota tenham caído de rendimento, mas ao menos a aproximação aconteceu. No top-5, por exemplo, a Stock Car vai para Goiânia com Ricardo Maurício e Daniel Serra presentes, e Gabriel Casagrande, Allam Khodair e Diego Nunes empataram em 5 a 5 a presença no top-10. O número de vitórias também subiu para cinco, inclusive.

Agora, vem o tira-teima: a evolução do Cruze é verdadeira por completo, ou foram as pistas que facilitaram o crescimento? Porque, se for total, o fato de que a decisão vai para Goiânia e Interlagos se torna indiferente. Mas se ambas as pistas realmente não servirem de encaixe para os carros da Chevrolet, o favoritismo ganha mãos.

Interlagos deve receber uma final emocionante (Foto: Duda Bairros/Vicar)

Se os Cruze continuarem bem e forem rápidos em ambos os locais, a disputa pelo título se torna completamente maluca, com mais de 10 pilotos com chances. Se a Toyota voltar a dominar, o número pode despencar – e isso a Stock Car não quer, afinal ajustou seu regulamento com descartes para que muitos pilotos chegassem à final com chances.

Claro que Thiago Camilo, Ricardo Zonta, Rubens Barrichello, Cesar Ramos e Nelsinho Piquet, os cinco que pilotam um Corolla em 2020, entregam automaticamente uma boa briga pelo título, afinal transbordam talento e estão em boas equipes. Mas se os nomes citados acima deles puderem se juntar, todos ganham. A categoria, as marcas e os fãs.

É impossível prever o que Goiânia e Interlagos vão entregar. E que siga assim até a última bandeirada em São Paulo. Uma categoria que sofreu para acontecer em 2020 merece um final tão digno quanto a temporada tem sido até aqui.

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