W Series quer ser satélite da F1, mas admite que falta de GPs na Europa é prejudicial

Depois de ter cancelado as últimas etapas da temporada 2022 por problemas financeiros, a W Series já começou a pensar no futuro. Catherine Bond Muir, diretora-executiva da categoria, garantiu que o desejo é que as corridas da série exclusiva para pilotas continue como evento de apoio nos fins de semana de Fórmula 1. A questão, no entanto, é o calendário da principal categoria do automobilismo mundial cada vez mais longe da Europa.

Para este ano, oito etapas estavam programadas para a temporada da W Series, todas acompanhando a Fórmula 1. A primeira aconteceu em Miami, rodada dupla, fora do continente europeu, enquanto as quatro seguintes (Espanha, Inglaterra, França e Hungria) seguiram a perna europeia da F1. As últimas, no entanto, aconteceriam na Ásia (Singapura) e América do Norte (Estados Unidos e México), demandando custos maiores de viagens.

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“Certamente, queremos ser uma das séries de suporte da F1, mas é claro que, daqui em diante, temos de estar atentos aos nossos custos”, reconheceu Bond Muir. “Seria mais prudente termos mais corridas europeias, mas as etapas europeias estão um pouco escassas na F1”, lamentou.

De fato, mesmo com a Fórmula 1 com um calendário recorde de 24 corridas para 2023, menos da metade estão programadas para acontecer no Velho Mundo (nove a 14, considerando que o Azerbaijão tem o território dividido entre extremo Leste da Europa e Oeste da Ásia). Na temporada atual, a W Series também dividiu espaço com outras categorias de base, como F2 e F3, mas Catherine explicou que depende desses calendários para definir a programação de 2023.

“Ainda não nos disseram quais corridas serão oferecidas. A F1 nos procura e nos oferece determinadas corridas, então partimos daí. As quatro corridas europeias que tivemos esse ano são as europeias que nos foram oferecidas”, finalizou a diretora.

Inaugurada em 2019 com o intuito de ser uma categoria apenas de pilotas, a W Series teve uma interrupção em 2020, também por problemas econômicos por causa da pandemia, e retornou em 2021, agora como suporte de todas as etapas da Fórmula 1. Na temporada 2022, o campeonato correu em Miami, Barcelona, Silverstone, Paul Ricard, Hungaroring e Singapura.

Com o cancelamento das corridas finais, a britânica Jamie Chadwick, da equipe Jenner Racing, levantou o terceiro título em três temporadas da W Series. A pilota venceu 5 das 7 corridas desse ano e terminou com 50 pontos de distância para Beitske Visser, a vice-campeã.

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