GP Recomenda: cinco bons motivos para não se perder o GP da Inglaterra 2017

1. UM INGLÊS EM BUSCA DE RECUPERAÇÃO

 

No início de junho, Lewis Hamilton vivia nas nuvens com uma vitória categórica no Canadá, de uma espetacular pole-position que lhe colocou ao lado de Ayrton Senna. Mas aí veio o GP do Azerbaijão, a confusão com Sebastian Vettel e a falha do encosto de cabeça que lhe custou a vitória. Havia mais por vir, entretanto. Chegou à Áustria dominando os treinos livres, mas uma troca da caixa de câmbio o fez cair no grid. Conclusão: de uma desvantagem que poderia ser de menos de dez pontos, agora é de confortáveis 20, a favor do oponente alemão.

 

É diante desse cenário que Lewis desembarca em seu GP de casa neste fim de semana, o que necessariamente era o que o britânico precisava. Hamilton nunca demostrou sofrer com a pressão de correr em casa. Ao contrário, sempre se levantou forte diante de sua torcida. Desde que está na F1, já são quatro vitórias – sendo três consecutivas. Só ele vence em Silverstone desde 2014 e são até o momento quatro poles em dez participações na prova.

 

Ou seja, se há um bom lugar para o tricampeão dar a volta por cima no campeonato esse lugar é a tradicional pista em Northamptonshire‎.

2. O INTRUSO DO NORTE

 

Valterri Bottas começou o ano apenas tateando a Mercedes e a relação com Lewis Hamilton. Se mostrou leal quando foi exigido e venceu quando o companheiro estava fora de combate. E vem mostrando prova a prova que está cada vez mais adaptado e confortável na equipe prata. O desempenho no GP da Áustria, assim como havia sido na Rússia, deixou claro que o finlandês tem mais a contribuir para esse campeonato.

 

Embora ainda ande com a sombra de escuderia de Hamilton, a verdade é que Bottas está na briga pelo campeonato, por que não? A regularidade tem sido o ponto forte do nórdico, que agora aparece a 35 pontos do líder Sebastian Vettel e a 15 do colega de Mercedes.

 

3. FERRARI DE MOTOR NOVO

 

A Ferrari escolheu o GP da Inglaterra para introduzir atualizações no conjunto da SF70H. E a principal delas está no motor. A equipe italiana deseja ampliar a performance e a força, mas sem comprometer a confiabilidade, que vem sendo um ponto mais delicado do projeto ferrarista. Será a terceira unidade de potência para Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen, de acordo com informações do jornalista James Allen. 

 

Além das melhorias em termos de motor, a esquadra vermelha também optou por uma escolha mais agressiva da quantidade de jogos de pneus para a etapa inglesa. O time de Maranello optou por nove conjuntos de compostos supermacios, além de três jogos de macios e dois de médios. Já a rival Mercedes foi menos ousada e vai para Silverstone com seis conjuntos dos compostos vermelhos.

4. DANIEL ON FIRE

 

A Red Bull corre por fora nesta temporada e pode se tornar uma pedra no sapato de Mercedes e Ferrari na batalha pelo título. E Daniel Ricciardo é o homem que vem melhor traduzindo melhor a fase da tetracampeã. O australiano é o quarto melhor piloto do campeonato, com 107 pontos, 64 a menos que o líder Sebastian Vettel, mas 29 atrás de Valtteri Bottas, o terceiro colocado. Só que Ricciardo já soma uma vitória, conquistada no tumultuado GP do Azerbaijão, e vem de pódio na Áustria. Ao todo, Daniel cinco top-3 em 2017.

 

5. A FAMOSA INSTABILIDADE DO TEMPO 

 

Não é nenhuma grande novidade que a Inglaterra tem como marca registrada a instabilidade de tempo, mesmo no auge do verão europeu. Vira e mexe, as corridas inglesas acabam afetadas pelas intempéries e a da edição deste ano também corre esse risco. De acordo com diversas agências meteorológicas, o fim de semana da F1 em Silverstone será de clima bem inconstante.

 

Na sexta-feira, dia dos primeiros treinos livres, o céu permanece nublado por todo o período, com temperaturas variando entre 14ºC e 17ºC. Já no sábado, a chance de chuva é de 60% ao longo do dia, mas com clima mais quente. No domingo, a previsão se repete, mas a possibilidade de precipitação diminui para 55%.