Curioso é que os pontos somados por Nasr para a Sauber em Interlagos podem ajudar a colocar fim à última grande esperança do brasileiro em permanecer na F1 neste ano. Uma vez que Wehrlein deve ser seu substituto na Sauber, Felipe teria na Manor uma chance para continuar na F1, assim como Esteban Gutiérrez. Mas caso a equipe britânica deixe de vez o grid, Nasr deverá ter de esperar por 2018 para voltar ao Mundial.
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Stephen Fitzpatrick entregou o comando da Manor para um administrador (Foto: Getty Images)
A Manor estava em décimo até o fim de semana do GP do Brasil graças ao ponto conquistado por Wehrlein no GP da Áustria. Durante boa parte da temporada a Sauber buscava a reação, que veio em uma corrida atípica em Interlagos. Na visão de Fitzpatrick, os pontos conquistados por Nasr foram determinantes para selar o destino da Manor, que ainda busca sobreviver e continuar na F1 em 2017.
“Quando assumi a equipe em 2015, o desafio era claro: era obrigatório que a equipe terminasse em décimo lugar ou melhor que isso em 2016. Na maior parte da temporada nós estávamos na briga. Mas a dramática corrida no Brasil encerrou nossas esperanças neste resultado e colocou em dúvida a possibilidade de a equipe correr em 2017”, comentou o dirigente em entrevista veiculada pela revista britânica ‘Autosport’.
O empresário não escondeu sua decepção com a situação de uma equipe na qual investiu muito dinheiro e esforço, oferecendo a possibilidade de evolução com uma série de contratações de nomes de destaque no departamento técnico, como Dave Ryan, Nikolas Tombazis, Luca Furbatto e Pat Fry. Entretanto, a Manor continuou com o DNA de equipe do fim do pelotão, precisando do dinheiro do patrocínio de Rio Haryanto, que depois foi substituído por Esteban Ocon, que chegou à Manor com a bênção da Mercedes, parceira e fornecedora de motores.
Mas os resultados não vieram na mesma proporção da expectativa criada por Fitzpatrick
“A decisão de hoje de colocar a equipe sob administração representa o fim de uma jornada de dois anos pela Manor. Durante boa parte do ano passado nós tivemos negociações com muitos grupos de investidores, e chegamos a um acordo para venda para um consórcio asiático em dezembro. Isso teria proporcionado à equipe uma forte plataforma para continuar crescendo e desenvolvendo. Infelizmente, o prazo se encerrou antes que eles pudessem completar o acordo de transação”, lamentou.
Na visão do empresário, a decisão de colocar a Manor à venda diz muito sobre a incapacidade de a equipe conseguir se sustentar durante uma temporada na atual conjuntura. “Não desejando repetir os casos do passado, resolvemos em 2015 não começar nenhuma temporada sem que saibamos com certeza se nós podemos completá-la, então por isso tomamos a difícil decisão de colocar a equipe operacional funcionando sob administração”, concluiu.
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