Novidades da Indy em 2013, rodadas duplas e largadas paradas não são unanimidade entre pilotos

Campeões da categoria, Ryan Hunter-Reay, Dario Franchitti e Scott Dixon apresentaram pontos de vista diferentes em relação às mudanças introduzidas para a próxima temporada

As principais mudanças introduzidas pela organização da Indy para a temporada de 2013 precisarão ser avaliadas na pista antes de cair no gosto de todos. Tentativa de propiciar mais entretenimento ao público, as rodadas duplas e as largadas paradas não são medidas que caíram imediatamente no gosto de todos os pilotos e os três últimos campeões da categoria divergem quando comentam o tema.

Ryan Hunter-Reay, Dario Franchitti e Scott Dixon, que venceram todos os campeonatos desde 2007, veem prós e contras nas novidades. Ao todo, três dobradinhas estão marcadas para este ano, para as pistas de Detroit, Toronto e Houston. Nestas duas últimas, a primeira corrida do fim de semana terá largada parada, cumprindo um procedimento semelhante ao utilizado na F1.

Pelo menos duas largadas da Indy em 2013 não serão como a da foto (Foto: IndyCar/LAT USA)

A exigência física de disputar duas corridas completas (as rodadas duplas não terão baterias mais curtas) em dois dias preocupa Franchitti. “Fisicamente, eu acho que será muito difícil para os pilotos, pois essas coisas não são fáceis de pilotar e você está no limite no fim da corrida. E depois você precisa voltar para o carro de novo, vamos ver como será”, falou o piloto da Ganassi.

O atual campeão, por sua vez, não demonstrou a mesma preocupação que o escocês com relação ao lado físico, embora espere um certo desafio. Hunter-Reay, contudo, não se entusiasmou com as largadas paradas: “Nosso produto está ótimo no momento e não vejo nenhuma razão para continuar mudando, a não ser que os fãs queiram. Vamos tentar oferecer o que a maioria dos fãs quiser”. Presidente de competições da Indy, Beaux Barfield afirmou que, além dos circuitos de Toronto e Houston, estuda a introdução das largadas paradas mais "uma ou duas etapas".

Já Dixon acredita que as dobradinhas “acrescentam um elemento diferente” e quer esperar para ver como será a recepção geral. Companheiro de Franchitti na Ganassi, ele gostou da ideia das largadas paradas. “Estou certo de que todos ficarão um pouco excitados com isso”, disse.

Hunter-Reay comentou também sobre outra mudança aplicada pela direção de prova da categoria, no formato das classificações para a etapa de Iowa. Em 2012, pela primeira vez o grid de largada da prova foi definido por meio de minicorridas. “Se nós pudermos fazer as baterias funcionarem melhor do que um ano atrás, sou todo a favor”, declarou.

“Estou otimista quanto a isso, apesar de o programa em Iowa não ter funcionado no ano passado, pois com 10 voltas os pneus estavam tão novos que você não podia fazer ultrapassagens”, completou o piloto da Andretti. Hunter-Reay largou em sétimo para vencer a etapa do ano passado.

Por fim, Franchitti espera que 2013 seja como 2012, um ano que, em sua opinião, foi muito bom para a Indy. “Tivemos uma grande temporada no último ano, particularmente com a Indy 500, e toda corrida depois dessa foi muito boa. Foi uma grande temporada e viu o que todos estavam querendo: um campeão norte-americano”, avaliou Dario, que, em 2012, triunfou pela terceira vez na prova mais importante do campeonato, as 500 Milhas de Indianápolis, disputadas no fim de maio.

Antes de Hunter-Reay, o último campeão norte-americano fora Sam Hornish Jr., da Penske, antes da unificação da Indy com a extinta Champ Car. Dixon completou o último campeonato na terceira posição e Franchitti foi o sétimo colocado.

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