Guia da F1 2018: Com motivação renovada, ‘sempre mutável’ Hamilton mira perfeição. Tudo para ser o melhor do seu tempo

Lewis Hamilton vai muito além da esfera esportiva e é um personagem peculiar. Habitué do mundo das celebridades, o britânico é notícia por tudo o que faz, seja pela sua postura nas redes sociais e até pela mudança na sua alimentação. Mas é na pista que o tetracampeão se mostra ainda mais diferenciado com seu talento e, nos últimos anos, maturidade. Apesar de ter alcançado o auge, o próprio Lewis garante: há mais por vir. E adota um lema da Mercedes: “Nunca satisfeitos”

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Grande estrela e maior vencedor da F1 em atividade, Lewis Hamilton é hoje o símbolo de uma F1 que tenta cada vez mais se aproximar dos fãs e ter alcance global. Muito além do excepcional piloto que é, o britânico de 33 anos é um astro midiático, vive cercado de celebridades e é um habitué do mundo do showbiz. Com milhões de seguidores nas redes sociais, o tetracampeão está na boca do povo a cada minuto, para o bem ou para o mal. Ao anunciar que adotou uma alimentação vegana, Lewis ganhou manchetes em todo o planeta. E também foi alvo de duras críticas quando expôs o sobrinho a uma brincadeira infeliz no último Natal, erro reconhecido pelo próprio como um “lapso de julgamento”.

 
No fim das contas, são situações que fazem parte de quem está acostumado a se expor demais, na vida real e nas redes sociais, para o mundo. Ainda mais por se tratar de uma figura pública e reconhecida mundialmente pela sua competência, Hamilton fica ainda mais exposto e propenso a ser julgado. Assim, chateado com toda a repercussão negativa que tiveram suas postagens com o sobrinho, Lewis apagou todas as suas fotos do Instagram, a maioria das postagens no Twitter e sumiu, por algumas semanas, das redes sociais. O misterioso ‘apagão’ de Lewis suscitou uma série de boatos a respeito até mesmo da sua motivação em seguir na F1
 
Na imprensa europeia, até mesmo rumores sobre uma eventual aposentadoria chegaram a ser especulados. Personagem público e com acesso aberto à sua vida, de uma hora para a outra Hamilton fechou as portas. Preferiu começar o novo ano no anonimato e em silêncio. Até que, para alívio da sua enorme torcida, o piloto voltou a se manifestar em 16 de janeiro. Nada de aposentadoria da F1, muito pelo contrário.
Com a motivação renovada e fortalecida, Hamilton parte para ser o melhor do seu tempo (Foto: AFP)
Segundo ele próprio, o sumiço das redes sociais foi planejado, e a ‘limpa’ foi feita em conjunto com seus empresários. O próprio Lewis, contudo, evidenciou nas entrelinhas seu incômodo com a repercussão do que costuma postar em seus canais. “Acontece que se tornou uma ótima oportunidade de mudar. É sempre difícil mudar, pois estou muito feliz. Mas estamos em um momento muito estranho do mundo, onde as coisas são ampliadas mais do que eram nos anos anteriores, então é um momento crítico do mundo”, salientou.
 
Hamilton tratou de pontuar a mudança no seu comportamento nas redes. Sua carreira como um todo também é norteada por mudanças que deram muito certo, como a transferência — outrora criticada, da McLaren para a Mercedes em 2013. Na equipe prateada, Lewis deixou de ser ‘apenas’ campeão para se tornar um dos maiores da história, alcançando marcas épicas, como o recorde de poles, outrora pertencente a Michael Schumacher, e o tetracampeonato mundial. Tudo, por si só, já coloca devidamente Hamilton na galeria dos grandes.
 
Mas engana-se quem imagina que ele possa estar satisfeito com tudo o que já alcançou no esporte. Apesar de ser milionário e estar prestes a assinar outro belo contrato com a Mercedes, Lewis não se acomoda e prova que vencer está no seu DNA. Depois de empatar em títulos com as lendas Alain Prost e Sebastian Vettel, Hamilton tem a motivação renovada para ir além, igualar o mito Juan Manuel Fangio e ser o maior piloto da história da F1 na sua geração, com os números do heptacampeão Michael Schumacher cada vez mais próximos.
O rival Sebastian Vettel é um dos desafios que Hamilton aprecia. E adora vencer (Foto: AFP)
E como fazer para se manter motivado mesmo depois de chegar ao auge da performance e subir ao topo da F1 pela terceira vez nos últimos quatro anos? A mudança de postura não é só de Hamilton, mas também da Mercedes. “Do lado da equipe, nós temos novas pessoas. E o time vem fazendo um enorme trabalho, querendo sempre melhorar, trabalhando duro o tempo inteiro, nunca satisfeitos”, pontuou o britânico durante a semana de testes de pré-temporada em Barcelona, em entrevista acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO.
 
Mais difícil que subir ao topo é permanecer lá. De certa forma, é o que Hamilton vem fazendo nos últimos anos. Mas é o desafio de se manter como o melhor que o mantém motivado, ainda mais quando sabe que tem de enfrentar competidores com potencial para derrubá-lo, como o rival do ano passado Sebastian Vettel e, indo um pouco além, Max Verstappen, 13 anos mais novo que Lewis e com um caminho todo de glórias à sua frente na F1.
 
“Do meu lado, eu procuro fazer sempre o melhor. Mas nunca é fácil. Por exemplo, quando você fica mais velho, é mais difícil se manter forte fisicamente o tempo inteiro. Mas adoro mesmo é o desafio. É por isso que estou aqui, na verdade. É aquela coisa de escalar uma montanha muita alta”, afirmou o montanhista dos recordes na F1, que deixou claro: quer muito mais.
Lewis Hamilton se mostra muito mais forte para continuar no topo da F1 em 2018 (Foto: Divulgação)
“Quando olho para essa temporada, penso em fazer ainda mais poles, lutar por ainda mais vitórias. E começo esse campeonato, como começo todo o campeonato, como um novo começo. Estou no mesmo nível do que todo piloto aqui, mas quero melhorar ainda mais.  E isso significa que vou trabalhar mais forte do que nunca”, disse.
 
E trabalhar mais forte do que nunca é, para Lewis Hamilton, buscar uma utópica perfeição, seja numa volta rápida ou durante uma corrida. Como fez por muito tempo seu grande ídolo, Ayrton Senna, ou um monstro sagrado dos tempos atuais no esporte, Roger Federer.
 

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“Você já conseguiu fazer uma volta perfeita em toda a sua carreira na F1? Não. A coisa mais bonita do esporte é que você nunca consegue ser absolutamente perfeito. Você pode chegar perto talvez. Imagina se você conseguisse isso mais vezes, por exemplo, seria muito chato. Eu sempre vejo como Federer como exemplo. Imagina se ele sempre tivesse partidas perfeitas todo o tempo, iria perder a motivação rapidamente, porque tudo se tornaria fácil demais. É a mesma coisa aqui. Nós estamos no topo do esporte, e essa é beleza de tudo”, pontuou.

 
“Há sempre um novo desafio, os carros são diferentes ano a ano, temos de desenvolver esses carros, andamos em muitos países, há muitas etapas, emoções diferentes, altos e baixos, e você precisa saber lidar com isso. Por isso, não há como conseguir a volta perfeita. Em uma volta de pole, por exemplo, você não consegue fazer todas as curvas de forma perfeita. Então, é uma grande sensação quando você chega perto disso. Do mesmo jeito, é muito frustrante quando você percebe que poderia ter feito melhor”, completou o tetracampeão.
 
Grandes campeões costumam dizer que só cogitam parar e encerrar a carreira quando não há mais tesão em competir, buscar novos desafios e se superar. Não é o caso de Hamilton, ao menos por enquanto. Pelo menos por mais bons anos, pelo que o próprio Lewis indica, ainda há muito mais por vir. E, quem sabe, o futuro próximo tem tudo para colocá-lo, ao menos nos números, como o maior de todos os tempos da F1.

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