Red Bull confessa falha e diz que “não entendeu” necessidades de Pérez em 2023

Para o diretor-técnico da Red Bull, Pierre Waché, a principal falha da equipe em 2023 foi não ter entendido o que Sergio Pérez precisava para maximizar o potencial do RB19

Ainda que o impacto na temporada da Red Bull não tenha sido grande, o desempenho de Sergio Pérez em 2023 chamou muito mais atenção pela distância em relação ao companheiro Max Verstappen do que às duas vitórias conquistadas em 22 corridas. Com 285 pontos, o mexicano ficou 290 atrás do neerlandês ao fim do ano, com nove pódios contra 21. E a equipe vê uma parcela de responsabilidade própria nisso.

Segundo o diretor-técnico Pierre Waché, o foco dos taurinos em evoluir o conceito do RB19 não levou em consideração as necessidades de Pérez para conseguir extrair o máximo possível do carro. Para ele, não entender o que o mexicano precisava para retomar seu melhor nível foi a principal falha da equipe em 2023.

“[O objetivo é ter] um carro rápido, que permite que o piloto desempenhe seu máximo”, disse Waché. “E falhamos neste sentido, porque apenas um piloto — Max Verstappen, neste caso — conseguiu pilotá-lo bem”, admitiu.

“E isso é sobre o talento de Max, que sabíamos que conseguiria usar bem o carro em diferentes condições ao longo da temporada”, destacou. “Por outro lado, é possível que não tenhamos entendido bem o suficiente o que ‘Checo’ [Pérez] precisava para tirar vantagem do potencial do RB19”, apontou.

Waché disse que a Red Bull não conseguiu entender as necessidades de Pérez (Foto: Red Bull Content Pool)

Waché, que classificou a si mesmo como um “perfeccionista”, admitiu que ficou incomodado com a única derrota da Red Bull no ano, no GP de Singapura. Vencedora de 21 das 22 corridas de 2023 — 19 com Verstappen e duas com Pérez —, a equipe austríaca encontrou seu único revés pelas mãos de Carlos Sainz, da Ferrari, em Marina Bay.

Segundo ele, é impossível alcançar a perfeição na Fórmula 1, mas o francês garantiu que a equipe vai se esforçar ao máximo para corrigir cada defeito que fez com que o carro não conseguisse se adaptar ao traçado da 15ª etapa do ano.

“Nós temos basicamente todos os recursos possíveis na Red Bull. Então, não há desculpas para perder”, frisou. “Ao menos para mim, a pressão é muito maior. Sou um perfeccionista, e os técnicos são rigorosos”, ressaltou.

Pérez venceu na Arábia Saudita e no Azerbaijão, mas parou por aí (Foto: Red Bull Content Pool)

“Em nosso nível, o mais importante não é a perfeição, que nunca será alcançada, mas a atenção aos detalhes. É assim que fazemos a diferença”, analisou. “Em nossa profissão, um carro 1% mais lento é um carro ruim — o que, se você parar para pensar, é estranho”, finalizou.

Com a temporada encerrada, a Fórmula 1 retorna apenas no ano que vem, no dia 2 de março, com a estreia do campeonato no GP do Bahrein.

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