Com apoio de BMW e Audi, DTM garante sobrevivência com regulamento GT para 2021

A categoria baseada na Alemanha estava ameaçada de extinção, mas uma mudança profunda no seu DNA foi determinante para que fosse possível assegurar a continuidade nas pistas

O DTM está a salvo. Depois de meses de indefinição sobre o futuro depois da temporada 2020, a categoria baseada na Alemanha e chefiada pelo ex-piloto de Fórmula 1 Gerhard Berger anunciou, durante entrevista coletiva virtual realizada no último sábado (19), os alicerces de uma nova era. A partir de 2021, o DTM vai ser uma categoria com regulamento GT e vai contar com o apoio de Audi e BMW, que vão fornecer os carros para as equipes privadas que formarão o grid da próxima temporada.

O futuro do DTM esteve em xeque depois que a Audi, focada no desenvolvimento dos carros elétricos, anunciou a saída da categoria prevista para o fim deste ano, seguindo os passos recentes de Mercedes e da sucessora da marca da estrela de três pontas, a Aston Martin. A BMW, que não havia se comprometido formalmente com a competição organizada pela ITR, era a única que permanecia oficialmente no grid para a próxima temporada.

GERHARD BERGER; DTM; ITR;
Em Nürburgring, Gerhard Berger falou sobre as mudanças no DTM para 2021 (Foto: DTM)

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Sem alternativas, a gestão chefiada por Berger teve de se mexer para garantir a sobrevivência do DTM, ainda que fosse em um DNA completamente distinto do que a categoria se propôs a ser há anos. Depois de seguidas tentativas de aliança com o Super GT, categoria baseada no Japão, para uma parceria que, efetivamente, não aconteceu, foi preciso buscar uma opção mais realista e que permitisse a permanência da competição.

Durante a coletiva, as bases do novo regulamento não foram especificadas, mas o sentimento de Berger era de alívio. “Durante os últimos meses, estivemos discutindo várias opções estratégicas para o futuro do DTM em negociações complexas”, disse.

“Nos últimos dias, tive conversas muito construtivas com a Audi e a BMW. Os dois fabricantes me permitem assumir a responsabilidade total pelo futuro de uma categoria de corridas em que, no momento, estarão rodando principalmente carros GT”, salientou o austríaco de 61 anos, que agora vai passar a ter todo o comando da ITR depois das saídas da Audi e BMW da organização. As duas montadoras, contudo, vão seguir envolvidas de alguma forma com a nova era do DTM.

“O apoio de Audi e BMW em um cenário de continuidade é uma ótima notícia para todos os funcionários e fãs do automobilismo”, explicou Berger, ressaltando a mudança de rumo da categoria.

“No futuro, não mais as fábricas, mas equipes privadas profissionais vão estar lutando por vitórias. Para mim, era importante que as duas montadoras se comprometessem com este conceito para que os modelos GTs dessas marcas corressem aqui também. Tenho esse compromisso”, comentou.

“Por isso, expresso os meus sinceros agradecimentos às montadoras: com sua decisão, não apenas contribuíram essencialmente para garantir os empregos na ITR e no DTM, mas também permitem que os fãs sigam desfrutando de um esporte a motor de alto nível”, finalizou o dirigente.

Restam seis corridas para o desfecho da temporada 2020 do DTM, sendo as quatro próximas em Zolder, na Bélgica, nos dias 10, 11, 17 e 18 de outubro, e a rodada dupla decisiva em Hockenheim, na Alemanha, nos dias 7 e 8 de novembro. O líder do campeonato é o suíço Nico Müller, com 242 pontos, seguido por Robin Frijns, com 224 e René Rast, com 195. A Audi domina o campeonato dos construtores com 827 tentos, contra somente 356 da BMW.

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